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1,5 mil mineiros continuam de braços cruzados

Foto: Divulgação/Douglas Saviato/Engeplus

Foto: Divulgação/Douglas Saviato/Engeplus

Cerca de 1,5 mil mineiros do sindicato de Siderópolis estão com as atividades paralisadas na região. Os profissionais estão em greve desde a zero hora dessa quarta-feira, como ficou acordado em assembleia no último sábado. Os profissionais dos sindicatos de Criciúma, Forquilhinha, Lauro Müller e Urussanga, que somam três mil trabalhadores, irão cruzar os braços à zero hora da próxima segunda-feira. Conforme o presidente da Federação dos Mineiros, entidade que representa os três estados do Sul do país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Genoir José dos Santos, os demais mineiros entrarão em greve se a classe patronal não aderir à proposta apresentada ou não apresentar nenhuma contraproposta.

Até o momento, as negociações não avançaram. A categoria pede 10% de aumento real mais a inflação de 5,56%; no entanto, o sindicato patronal oferece aos trabalhadores um aumento de 1,44% mais a inflação. “Ontem estivemos reunidos com a classe patronal, sendo que a negociação foi intermediada pelo representante do superintendente do Ministério do Trabalho de Criciúma, Roberto Claudio Lodetti. No entanto, foi apresentada uma contraproposta superficial, pedimos a unificação do piso e baixamos o percentual em relação ao ganho real”, explica ao site Engeplus.

Atualmente, o piso da categoria é de R$ 1.525. Os trabalhadores querem que o piso seja estabelecido em R$ 1.776. “Com este piso, baixamos o percentual em relação ao aumento real para 9%”, destaca. Segundo o presidente da federação, a classe ficou de fazer uma reunião e apresentar uma contraproposta nesta quinta-feira aos mineiros. “Até o momento, não fomos procurados ainda”, comenta.

Integrantes do Sindicato da Extração Mineral de Santa Catarina (Siecesc) irão se reunir nesta manhã para avaliar as possibilidades de negociação. Segundo o presidente do indicato patronal, o engenheiroRuy Hülse, anos últimos seis anos, a categoria recebeu o valor de 14% de ganho real. “Estamos oferecendo 1,44% mais a inflação, o que soma 7% de aumento, percentual que está acima da média em Santa Catarina, nenhuma atividade profissional recebeu um reajuste deste valor”, frisa.

Ainda conforme Hülse, a preocupação é em relação ao fornecimento de energia elétrica, pois o Governo Federal não vai deixar que a produção de energia seja interrompida, em Capivari de Baixo, na Tractebel Energia. “O Governo Federal terá que intervir, pois essa produção irá fazer falta no sistema energético do país, que é interligado” , explica.