Segurança

Acusado de matar Vivian confessa autoria e advogado renuncia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Há menos de um mês para o júri popular, o caso do estupro e assassinato da universitária Vivian Lais Philippi, de 17 anos, ocorrido em março, no Bairro Jardim Silvana, em Içara, apresenta novidades. O advogado de defesa do réu, Mateus Júlio da Silva, de 18 anos, o Gilmar Mônego, renunciou o caso.

Prestes a enfrentar o tribunal do júri, marcado na semana passada para 15 de dezembro no Fórum de Içara, o principal e único acusado mudou a versão, confessando participação no crime aos agentes penitenciários do Presídio Santa Augusta, o que acabou prejudicando o trabalho da defesa.

Mateus alegou durante todo curso processual que quem matou e estuprou a universitária foi o irmão dele, menor, juntamente com amigos, e que tentou salvar a vítima das agressões, por isso a pele dele ficou debaixo das unhas de Vivian, situação confirmada em exame de DNA.

“A renúncia se deu na verdade por quebra da confiança entre cliente e advogado. Desde o início do processo, a versão do acusado era uma e agora ele muda essa versão. Mudando a tese, mudando as versões, eu creio que o trabalho da defesa fica prejudicado e analisei que seria oportuno outra pessoa fazer a defesa dele neste momento”, disse o advogado.

Mesmo com a renúncia da defesa, o júri popular marcado para o mês que vem não deverá ter a data modificada. Um novo defensor já foi nomeado. Trata-se do advogado de Araranguá, Vicente Machado, que já analisa o processo. 

“Eu gostaria de ressaltar um ponto bastante interessante neste aspecto, que se refere à defesa criminal de pessoas envolvidas em crimes. Nós recebemos muitas críticas nesse sentido, até algumas ameaças de forma indireta, e gostaria de dizer que o advogado criminalista não defende um crime que tenha acontecido. Defende o Direito, que o processo corra de forma regular, que sejam observados os trâmites e o que é de Direito de quem está sendo acusado. Nós procuramos defender o Direito e que haja um julgamento justo”, ressaltou Mônego.

Com informações de Talise Freitas / Rádio Eldorado