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Aduelas chegam aos 50% no trecho Sul da Ponte de Laguna

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), através do Consórcio Ponte de Laguna (Camargo Corrêa-Aterpa/M.Martins-Construbase), trabalhou nesta semana no içamento e instalação do oitavo vão de aduelas do trecho corrente Sul, na ponte sobre o Canal de Laranjeiras. A estrutura está sendo construída entre os municípios catarinenses de Laguna a Pescaria Brava, partindo de Cabeçuda, passando pelo leito da Lagoa Santo Antonio dos Anjos e chegando ao Bananal. Serão 2830 metros de pistas elevadas, unindo a BR-101 Sul entre o lote 1 da travessia urbana lagunense ao lote 25, já duplicado.

A instalação de aduelas foi iniciada em julho passado e, em pouco mais de trinta dias de trabalho, seis vãos foram finalizados. O primeiro vão foi construído com preenchimento de concreto e ferragem em moldes pré instalados, antes de iniciarem a instalação com a treliça. Os trabalhos acontecem entre o vão 45 e 46, indo da cabeceira Sul, na comunidade de Bananal, em Pescaria Brava, rumando para o centro da lagoa Santo Antônio, onde são construídos os dois mastros estaiados.

A operação de instalação e fixação das aduelas é feira pela treliça lançadeira. O equipamento foi transferido do trecho corrente Norte para o Sul no mês de maio passado, peça por peça, e está completamente montado e operante. A treliça-lançadeira está apoiada sobre as travessas de concreto armado, nos pilares fixados no leito da lagoa.

A treliça e as aduelas – A treliça lançadeira é o maior equipamento em uso pelo consórcio, trazido de Portugal, especialmente para ser usada na construção da Ponte de Laguna. A estrutura mede aproximadamente 131 metros de comprimento, com 12 metros de altura – contanto do tabuleiro (parte superior do pilar) – e cerca de nove metros de largura, pesando 600 toneladas. A treliça tem base fixa, atrelada aos pilares, e um guindaste móvel, com capacidade de carga de 1.260 toneladas, que desliza sobre a estrutura, içando as aduelas, sendo capaz de erguer um vão inteiro com 14 aduelas – 48 metros de comprimento –, com peso aproximado de 1.211 toneladas.

As aduelas são estrutura de concreto usinado e com interior reforçado com ferragem estrutural, instaladas individualmente por processo de içamento e protendidas, isto é, unidas por cabos de aço e argamassa com aditivo especial. Depois de içadas, as aduelas recebem aplicação de adesivo estrutural, a base de Epoxi, entre cada unidade.

Cada vão do trecho corrente da ponte será constituído de 14 aduelas, sendo 12 unidades com 3,60 metros de comprimento, nove metros de largura e 3,2 metros de altura. As outras duas peças têm 1,65 metros de comprimento mantendo as demais medidas. Cada unidade pesa cerca de 90 toneladas. As aduelas do trecho estaiado tem dimensões semelhantes aos trechos correntes, porém, têm 11 metros de largura, para compensar os pontos de ancoragem dos cabos de aço.

A construção das aduelas é realizada sobre bases de concreto, em duas etapas, sendo a primeira a laje de fundo e a segunda as vigas e laje superior. Para execução das peças são utilizadas ferragens, formas e cimbramentos (estruturas de suporte provisórias) especiais, e concreto, garantindo a geometria e resistência previstas em projeto.

A Ponte de Laguna – A ponte para travessia de Cabeçuda e Canal de Laranjeiras, obra da segunda fase de duplicação da BR-101 Sul catarinense, tem 52 vãos, com 53 conjuntos de apoios – cada apoio tem dois pilares, sendo o quinquagésimo terceiro travessa de concreto armado. A Ponte de Laguna está em construção entre o km 312,9 ao km 315,8 da rodovia federal, entre os municípios de Laguna e Pescaria Brava.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), através dos trabalhos realizados pelo consórcio Ponte de Laguna, vem realizando atividades para construção da ponte desde 2012, quando foi assinada a Ordem de Serviço. Desde então, o consórcio executor realizou a dragagem do canal de serviço, recrutou profissionais – hoje são mais de 1.600 trabalhadores, construiu o canteiro central, com escritórios, dormitórios, refeitório, usina de concreto, pátio de obras e deck para carga e descarga das balsas, construção de cabeceiras, cravação de estacas no leito da lagoa, construção de pilares e travessas, instalação de aduelas e suportes laterais (mãos francesas) e construção dos apoios para dois mastros.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Núcleo de Comunicação do DNIT/SC

 

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