Segurança

Adulto que participou do latrocínio é condenado a 23 anos de prisão

Foto: Janine Limas/RBS TV

Foto: Janine Limas/RBS TV

Após sete meses do crime mais repercutido deste ano, saiu a sentença do adulto envolvido no latrocínio da médica Mirela Macarini Peruchi, de 35 anos, assassinada com um tiro na cabeça em uma tentativa de assalto na noite de 27 de abril, no Bairro Michel, em Criciúma. Gabriel Alves Ferreira, de 23 anos, foi condenado a 23 anos pelos crimes de latrocínio, tentativa de assalto (antes ele e o menor tentaram assaltar o motorista de outro veículo) e corrupção de menores. 

De acordo com a repórterda Rádio Eldorado, Talise Freitas, a sentença foi realizada pela juíza Paula Botke e Silva, da Primeira Vara Criminal. A magistrada negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. A principal tese da defesa era retirar o acusado da cena do crime. Porém, o Ministério Público não tinha dúvidas de que ele tinha participação. O inquérito policial estava bastante embasado, com detalhes da perícia, depoimento de diversas testemunhas, além de todo material referente à reconstituição do crime.

Mirela foi alvejada quando dirigia o carro, uma Pajero TR4, ao lado da marido, que foi testemunha ocular do crime. A reconstituição apontou que ela sequer viu os assaltantes, que entenderam que ela reagiu. A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu, mas morreu duas horas depois no Hospital São José. Gabriel segue no Presídio Santa Augusta desde quando se entregou à Polícia Civil, dias depois do crime. Já o menor de 17 anos, autor do disparo que matou a médica, apreendido pela Polícia Militar minutos depois do crime, está internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Florianópolis.

Operação "Criciúma Segura"

O caso "Mirela" pode ser considerado o crime mais repercutido este ano na região. Motivou inclusive a vinda do secretário de Segurança Pública, César Grubba, para anunciar uma operação, intitulada Criciúma Segura, que durou menos de um mês, e contou com reforço no efetivo, das polícias, Civil e Militar, incluindo helicóptero e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). 

O latrocínio da médica alertou a população e autoridades competentes em relação ao alto número de homicídios e assaltos em Criciúma. Houve um aumento de 120% nos índices de roubo de veículos (a mão armada) em relação ao ano passado. Em relação a assassinatos, Criciúma soma 57 este ano, acima da média aceitável pela ONU, porém a maioria dos homicídios têm como vítimas pessoas já envolvidas com a criminalidade. De concreto, a mobilização da família e amigos de Mirela agilizou os trâmites para a construção do Centro de Atendimento Socioeducatico (Case), em Criciúma, destinado à internação definitiva (máximo três anos) de menores infratores já condenados pela Justiça.