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Aeroporto de Jaguaruna: MPF aponta superfaturamento de pelo menos R$ 2,9 milhões

Foto: Renan Medeiros/Arquivo

Foto: Renan Medeiros/Arquivo

Resultado de uma investigação conduzida pela Polícia Federal de 2008 a 2012, a ação penal ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta que fraudes na construção do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, de Jaguaruna, resultaram num prejuízo de pelo menos R$ 2,9 milhões aos cofres públicos. Até hoje, mais de R$ 60 milhões já foram investidos no aeroporto, que ainda não opera voos regulares.

De acordo com a acusação feita pelo MPF, seis servidores públicos, todos engenheiros, permitiram aditivos contratuais mediante a elaboração de laudos, fiscalizações ou medições irregulares na obra. Um deles já é falecido. Os quatro sócios da empresa responsável pela obra, a construtora ARG, de Belo Horizonte (MG), “obtiveram vantagem indevida, com as sucessivas prorrogações contratuais que elevaram sobremaneira o seu valor”, segundo o MPF.

Segundo o site Clicatribuna, a ação, detalhada em vários volumes, já tramita na 1ª Vara da Fazenda da Justiça Federal em Tubarão desde dezembro do ano passado. Os cinco engenheiros e os quatro sócios da empresa são réus. Nenhum gestor público dos primeiros escalões é parte no processo. A ação é assinada pelo procurador Elói Francisco Zatti Faccioni. Os acusados já pediram absolvição sumária, que foi negada pelo juiz federal substituto Lucas Pieczarcka Guedes Pinto.