Foto: Jussi Moraes
O presidente da maior escola de mosaico do mundo, Scuola Mosaicisti Del Friuli, Alido Gerussi, visitou a região para conhecer os potenciais. Ele veio a Criciúma, visitou empresas, escola, conheceu o trabalho da Afasc e firmou parcerias para iniciar o ensino e a produção de mosaico artístico com as professoras Manas Bonetti, que se formaram na instituição no mês de junho. A vinda de Gerussi ao Brasil aconteceu após o convite da presidente da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc,) Bebel Búrigo, em visita a cidade de Spilimbergo, no mês de maio.
A presidente afirma que esta visita resultou em acordos importantes para a cidade e valorização do mosaico. “Desde 2007 a Afasc desenvolve atividades com mosaico em Criciúma. Porém, sabemos que a Itália está anos na nossa frente quando se trata de qualidade e técnicas. As Manas Bonetti são daqui, estudaram três anos na Itália e irão contribuir para o início desta cultura na região”, garantiu Bebel.
Para Gerussi, alguns passos são importantes para iniciar este trabalho artístico. “Será interessante a criação de cursos iniciais para mostrar o que é o mosaico artístico. Continuar a oficina que já acontece, mas com a técnica da Itália e com as ferramentas utilizadas lá. Assim teremos a introdução deste conceito”, afirmou. Para essas atividades a escola garante apoio na aquisição dos martelinhos (aqui são usados alicates) e fará contato com fornecedores de materiais que poderão facilitar algumas aquisições. “Nós daremos todo suporte técnico. Caso seja preciso ajudar com desenvolvimento de projetos, nossos alunos e professores estarão à disposição”, enfatizou.
Por outro lado, o presidente também trabalhará para que aconteça uma mostra com materiais produzidos na Scuola, em Criciúma. “Geralmente encaminhamos 30 peças que poderão ser comercializadas. O único pedido que fazemos são os pagamentos para transporte e seguro das peças”, afirmou Gerussi. Segundo Bebel, serão buscados parcerias e recursos para que esta mostra aconteça no mês de setembro. “Nós queremos embelezar a cidade, mas precisamos que as pessoas conheçam e percebam as diferenças dos mosaicos que vemos no Brasil e as peças e obras feitas na Itália”, avaliou.
Criação de uma filial no Brasil
Quanto a fundação de uma filial da Scuola Mosaicisti Del Friuli no Brasil, Gerussi não descarta a possibilidade. “É possível criar uma escola fora da Itália, mas é preciso que toda a região de Spilimbergo aprove. Já que precisam da garantia que a qualidade será a mesma da sede”, explicou. Ele afirma que a direção da escola tem a intenção de criar uma instituição na América do Sul. “Eu já conhecia a Argentina e era um dos lugares que pensávamos para a abertura da unidade. Porém, com a visita da comitiva de Criciúma na escola, o interesse que tiveram e a formação das irmãs de Urussanga, eu aposto no Brasil”, salientou.
Colaboração: Jussi Moraes
