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Água do Rio Tubarão está classificada em pior nível

O conselho nacional define a qualidade, neste estágio, como recomendável apenas para harmonia paisagística e navegação.

Foto: Silvana Lucas/Notisul

Foto: Silvana Lucas/Notisul

Após um ano do acidente que poluiu o Rio Tubarão por finos de carvão, jogados após o rompimento de uma barragem, em Lauro Müller, a região ainda aguarda recuperação ambiental. Conforme dados do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a água da Cidade Azul está classificada pelo sistema que mede a qualidade das águas doces, em classe quatro.

“Esta classificação dividida em especial, um, dois, três e quatro, define que quanto maior o número menor a qualidade. Nós deveríamos ser classe dois, no nível em que estamos com resíduos de minérios, dejetos de suinocultura, erosão de mata ciliar, resíduos industriais e principalmente falta de tratamento de esgoto, elevam nossa classificação para o status de recomendável para harmonia paisagística e navegação”, informa o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, Francisco Beltrame.

A situação atual do Rio Tubarão ainda não pode ser mensurada pelo crime ambiental ocorrido no ano passado. Por enquanto não foram divulgados estudos no município e em cidades vizinhas que indicam este fator como agravante. 

“O nosso rio há décadas é poluído e continua em partes com os mesmo problemas. O vazamento dos finos de carvão teve sim impacto, principalmente os iniciais. Deixou a água negra, matou peixes e certamente também eliminou outros animais. Além de gerar problemas as empresas de captação da água que precisaram tomar medidas emergências para não prejudicar a população”, destaca Francisco.

Medidas compensatórias

A barragem da carbonífera foi interditada na última semana pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, após técnicos do órgão vistoriar a mina Bonito 1, de propriedade da  Carbonífera Catarinense, em Lauro Müller, que não apresentou um plano de segurança de barragem. A empresa responsável pelo vazamento dos finos do carvão deverá ainda apresentar medidas compensatórias para o crime ambiental ocorrido no Rio Tubarão. Representantes da empresa foram procurados, mas informaram que por enquanto não vão se manifestar sobre o assunto.

Recursos federais

Uma reunião entre membros Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar e a procuradoria da república, está marcado para ocorrer hoje (1) em Criciúma. O encontro deverá resultar em repasse de recursos financeiros para serem investidos na recuperação do Rio Tubarão. 

Acidente ambiental

No fim de novembro do ano passado uma grande quantidade de finos de carvão vazou para água depois do transbordamento de uma bacia da mineradora de carvão, em Lauro Müller. Após atingir as águas na região, os resíduos seguiram em direção ao Rio Tubarão e deixou pelo caminho um rastro preto por onde passava.

Com informações do Jornal Notisul