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Alimentação inadequada distribuída às pessoas carentes pode trazer malefícios à saúde

Foto: Ioton Neto

Foto: Ioton Neto

“Segurança alimentar não é somente dar comida a quem tem fome, mas sim alimentar estas pessoas de forma adequada, com mantimentos de qualidade. Insegurança alimentar traz obesidade e diversas outras doenças”, ressalta a nutricionista e professora universitária, Rita Suselaine Vieira Ribeiro, que participou da oficina sobre o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), realizada durante toda a terça-feira (22/07), no auditório da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional – Criciúma (SDR).

O encontro tem como objetivo apresentar aos profissionais, especialmente da área humana, de diversos municípios da Sul do estado, os benefícios da implantação do Sisan. 

“Estamos capacitando estas pessoas sobre o projeto para que posteriormente possam apresenta-los aos seus gestores municipais. Precisamos nos unir cada vez mais para que consigamos dar a estas pessoas carentes não apenas comida, mas sim alimentos saudáveis e de qualidade”, ressalta uma das assessoras do plano Sisan e palestrante, Neila Maria Viçosa Machado.

Para a nutricionista e professora universitária, Rita Ribeiro, a atuação dos municípios no projeto é fundamental. “Acredito que grande parte dos municípios já façam algum trabalho relacionado a segurança alimentar, porém de forma isolada. O cadastramento ao sistema é muito vantajoso para reunir e otimizar toda ação”, esclarece. “Com isso os resultados devem ser mais consistentes”, completa. 

Além de Criciúma, profissionais de outros municípios também receberam a capacitação. O secretário executivo de políticas sociais de combate à fome da SST e secretário executivo da Caisan, Rodrigo Mello, acredita que a popularização do Sistema de Segurança Alimentar é necessária para haja um maior entendimento sobre o assunto. 

“Existem municípios que possuem ações de segurança alimentar, mas precisam ser mais atuantes e as oficinas estão ocorrendo justamente para isso, esclarecer dúvidas e atender as necessidades de todos”, explica.

No Estado, o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), está em processo de formação desde 2004, porém a formalização ocorreu somente em 2011. A previsão é para que final de 2014 seja lançado o Plano Estadual de Segurança Alimentar (SAN). Esse plano não é apenas um processo de produção, regime comercialização ou armazenamento de alimentos. Seu campo de atuação, dentro do âmbito de Políticas Públicas de combate à Fome, é designá-la como uma situação onde todas as pessoas vão ter acesso a alimentos de qualidade, com segurança e que sejam nutritivos, visando o desenvolvimento saudável da população, além da necessidade de serem ambientalmente sustentáveis.

Sisan e forma de adesão

O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Sisan – foi criado para assegurar o direito humano à alimentação adequada. Para a criação e adaptação dos municípios neste sistema é necessário seguir alguns procedimentos.

“A criação é a mesma em âmbito nacional, estadual e municipal. Nos municípios, para que se faça a adesão é necessário criar o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), divididos entre sociedade civil e governo. Após a criação, o Consea, tem o dever de avaliar e construir todo o plano de acordo, conforme a necessidade de cada comunidade”, explica a assessora do plano Sisan, Patrícia Maria de Oliveira Machado.

Colaboração: Ioton Neto/Assessoria de Imprensa Assoc. Unidos Contra o Câncer