Saúde

Alimentação saudável, o grande desafio de quem mora sozinho

Seguindo algumas dicas, é possível ter uma dieta balanceada, sem cometer exageros ou desperdícios

Foto: Samira Pereira

Foto: Samira Pereira

Grande parte das pessoas que moram sozinhas sofrem de um problema em comum: falta de tempo ou de vontade para cozinhar. Por isso, a alimentação balanceada acaba sendo deixada de lado, e os congelados e produtos industrializados passam a ser a principal fonte de nutrientes do dia. Quem quer fugir dessa situação, precisa se antenar e tomar alguns cuidados não só na hora da compra, mas também na armazenagem dos produtos adquiridos. Conforme o nutricionista da rede de supermercados Manentti, Eduardo Manenti, planejamento e a tradicional lista de compras são essenciais nessas horas.

“É muito importante estar atento à quantidade comprada, já que o exagero pode levar ao desperdício. Deve-se checar o que está faltando na despensa ou na geladeira e fazer a lista. Também é necessário conferir a data de validade dos alimentos que estão guardados, para ver se não será preciso repô-los”, comenta o nutricionista, lembrando que se a pessoa conseguir definir o cardápio da semana, ela comprará o suficiente, sabendo exatamente o que vai consumir, evitando qualquer tipo de sobra.

E disso, a estudante Lunara Menegaz De Rochi entende muito bem. Morando sozinha há pouco menos de um ano, diz que já jogou muita comida no lixo por comprar em grande quantidade. “Eu fazia compras no início do mês e levava para casa aquilo que imaginava gastar durante os 30 dias seguintes. Só que muita coisa acabava indo fora. Os vegetais apodreciam, o leite estragava e vários produtos passavam da validade”, comenta, lembrando que agora as compras passaram a ser semanais. “Divido o dinheiro e toda segunda-feira compro alimentos frescos. Assim consigo manter uma alimentação balanceada”, enfatiza.

Armazenagem correta aumenta vida útil dos alimentos

Cada produto exige um cuidado especial na hora do armazenamento para que tenha uma vida útil maior. De acordo com Manenti, um bom exemplo é o que acontece com as frutas, legumes e hortaliças. Muitas pessoas jogam-nas no gavetão da geladeira, esquecendo-se de consumi-los. “O ideal é deixar pelo menos uma parte à vista, nas prateleiras de cima. Isso estimula a utilização”, pontua. Quanto às carnes, sejam elas bovinas, de frango ou peixe, a indicação é que sejam refrigeradas em pequenas porções, descongelando somente aquilo que será realmente consumido. “Se não for possível comprar em pequena quantidade, fracione em casa”, pontua.

Com relação aos leites e derivados, o ideal é comprar embalagens individuais e de menor tamanho. Os iogurtes de bandeja ou garrafinhas são indicados. “Outra dica é que se o consumidor não pode ir ao supermercado ou padaria todos os dias, vale comprar pacotes de pão com duas, três unidades, congelá-los e usar à medida que for necessário”, explana.

É importante, também, que os ovos sejam deixados dentro da caixa de papelão e guardados nas prateleiras da geladeira, não na porta, no suporte próprio para isso. Como há muita oscilação de temperatura no abrir e fechar o eletrodoméstico, eles estragam com mais facilidade. “Uma dica é escolher os ovos com a casca mais porosa. Quanto mais lisa ela for, mais velho ele está”, explica o nutricionista. 

Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação