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Alunos da Unesc veem de perto problema da acessibilidade em Criciúma

A acessibilidade para pessoas deficientes é uma dura realidade, que pode ser comprovada a cada metro de caminhada pelo Centro de Criciúma. Esta constatação foi feita na manhã dessa sexta-feira (7) por alunos da segunda fase do curso de Psicologia da Unesc. Eles participaram de um estudo de campo promovido pela disciplina de Sociologia, do professor José Carlos Virtuoso. Nele, a turma procurou identificar elementos associados a (in)sustentabilidade urbana. O grupo realizou a atividade tendo uma cadeirante como integrante, sentindo na pele o que pessoas nessa condição costumam passar quando tentam se locomover na área central do município.

“Foram muitos os pontos observados pelos acadêmicos como problemáticos. Eles fizeram leituras feitas a partir de temas como mobilidade, saneamento, tratamento de resíduos sólidos, vegetação e acessibilidade, entre outros”, explica Virtuoso. Este último foi o que deixou os estudantes mais preocupados. “Não há condição nenhuma para que um cadeirante possa ter autonomia e se locomover sozinho pela cidade”, disse a estudante Jéssica da Luz Fernandes.

Em fase de recuperação de uma cirurgia corretiva da bacia, Jéssica vive uma situação transitória como cadeirante. “Fiz questão de participar para compreender de perto como é ter que me locomover na cidade”, disse. “As condições de acessibilidade praticamente inexistem”, completou a aluna, que recebeu o auxílio das colegas para a locomoção.

Também chamou a atenção dos acadêmicos de Psicologia o tratamento que a cidade deu ao Rio Criciúma. Eles o visualizaram em alguns pontos da região central onde, além do mau cheiro, testemunharam a presença de canos com lançamento de esgoto em natura no curso d’água. Os dados levantados serão organizados para a apresentação em forma de seminário como trabalho final da disciplina. “Foi uma iniciativa que buscou aliar conceitos de sustentabilidade à realidade local, com o objetivo de provocar uma reflexão crítica sobre a situação atual do ambiente urbano, cujo modelo insustentável é comum na maioria das cidades brasileiras”, afirma o professor da disciplina.

Colaboração: Assessoria de Imprensa da Unesc

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