Segurança

Após nascer no banheiro, mulher coloca filha no freezer

Foto: Ruan Todescatt

Foto: Ruan Todescatt

Um caso chocante chamou a atencão do meio policial na região do Vale do Araranguá na última semana. Após dar à luz, uma mãe com 35 anos de idade colocou seu bebê recém-nascido no freezer de casa. O caso foi desvendado na última quinta-feira, dia 31 de julho, quando a mulher confessou o crime na Delegacia de Polícia de Sombrio. Em uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, dia 8, o delegado responsável pela ocorrência,Luiz Otávio Pohmann, detalhou o caso, que vitimou o bebê. Segundo o delegado, a mulher, que deu à luz na última segunda-feira, dia 28 de julho, escondeu a gravidez dos familiares durante todo período de gestação.

De acordo com o site Engeplus, com 35 semanas, a mulher estava em casa quando passou mal, foi ao banheiro e foi surpreendida com o nascimento da filha. Minutos depois, a mãe cortou o cordão umbilical, embalou a filha em um saco plástico e a colocou no freezer. Após algum tempo, ainda no mesmo dia, a mulher voltou a passar mal e se deslocou até o hospital da cidade. No local, os médicos constataram que a mulher havia ganhado um bebê horas antes. No entanto, ela negou que estava grávida e relatava sentir dores no estômago. Diante da contradição, os profissionais do centro hospitalar acionaram a Polícia Civil, pois suspeitaram de um aborto. Após essas informações, a Polícia Civil iniciou as buscas pelas imediações da casa da mulher, no interior do município de Sombrio.

Os policiais com auxílio do Corpo de Bombeiros atuaram nas buscas, mas não localizaram nenhuma suspeita do corpo do recém-nascido. Ao passar por dois interrogatórios, a mulher confessou o crime na quinta-feira, dia 31. No dia seguinte, dia 1º  de agosto, os policiais foram até o local do crime, onde a mulher mostrou o bebê. A moradora de sombrio havia colocado a criança em uma geladeira ao lado do freezer.

Imagem chocante – “Foi uma imagem chocante para todos os policiais e envolvidos nessa ocorrência. A vítima ainda estava congelada. Em imediato fomos apurar as circunstâncias do caso. O Instituto Médico Legal (IML) de Araranguá foi acionado, recolheu o corpo da criança e levou para análise, sendo que os procedimentos foram realizados no dia seguinte por causa do congelamento”, frisa.

De acordo com Pohlmann, a gravidez era escondida de toda família. “A mãe nos contou que desconfiava da gravidez, questionava a filha, mas ela sempre negou”, comenta o delegado. Não se sabe ao certo quem seria o pai da criança. Estima-se que seja um adolescente. A autoridade policial acredita que o jovem não tenha nenhuma ligação com os fatos.

A mulher possui dois filhos, um com 14 anos e outro com 5 anos de idade. Há dois anos, o ex-marido cometeu suicídio. “Existe toda uma conjuntura. São problemas com os filhos, a perda do marido, ou seja, uma falta de estrutura familiar que deve ser levada em consideração”, comenta o delegado.

Prisão – A mãe alegou que a vítima havia nascido morta, no entanto, o exame cadavérico apontou que o bebê estava com vida quando foi colocado no freezer. Segundo o delegado, a mulher ainda não teve a prisão preventiva decretada.  “Por hora não estão presentes os requisitos e pressupostos para a prisão preventiva. Não posso afirmar que amanhã ou depois eu não possa pedir a prisão. Não está presa e não verificamos por hora, repito, indícios suficientes desta medida cautelar”, frisa.

Um laudo psiquiátrico ficará pronto na próxima semana. Ela também terá acompanhamento psicológico. A mulher poderá responder por homicídio qualificado, de 12 a 30 anos de prisão ou por infanticídio com uma pena mais branda, pois algumas condicionantes amenizam a punição, como depressão pós-parto. Ela também responderá por ocultação de cadáver.