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Arcanjos: os guardiões da vida

Atendimentos aéreos são realizados por helicóptero e uma aeronave PR-EPH

Foto: Divulgação/Portal Satc

Foto: Divulgação/Portal Satc

Os Arcanjos são as aeronaves do Batalhão de Operação de Bombeiros de Santa Catarina que servem de apoio às diversas operações. De acordo com o tenente-coronel e comandante do Batalhão de Operações Aéreas Edupércio Pratts, as operações do grupo de salvamento aéreo possui 47 bombeiros militares que atuam no socorro aéreo.

“São 13 oficiais pilotos, 30 tripulantes operacionais e quatro apoio solo; e a equipe médica do Samu é formada por sete médicos e sete enfermeiros, todos estão envolvidos diretamente nas operações aéreas do Batalhão de Operação (BOA)”, conta Pratts.

Na região Sul e em Criciúma o Batalhão de Operações (BOA) tem atendido em média três ocorrências mensais, predominando as solicitações para transferência emergencial de hospital (transporte inter-hospitalar/MMI), seguido de atendimentos às vítimas de acidentes de trânsito, com lesões graves, expõe o profissional.

“No Estado predomina os transportes de transferências inter-hospitalares, o que ocorre pela falta de uma ou outra base no interior, nos impedindo de prestar um fator resposta viável ao atendimento aéreo das ocorrências emergenciais primárias, ou seja, aquelas em que a tripulação presta um primeiro atendimento no local, para posterior remoção da vítima”, destacao comandante do BOA.

Nas demais regiões, segundo Pratts, ocorrem também transportes de transferências inter-hospitalares, mas há mais demanda. “Somos acionados para as ocorrências de Defesa Civil; ocorrencias cardíacas, traumas e hemorragias, voos de prevenção e patrulha; além do apoio aos bombeiros e a outros órgãos”, complementa.

Conforme o tenente-coronel, obtém-se em média 35% de redução da mortalidade e morbidade nos atendimentos e transportes às vítimas de acidentes ou doenças em que haja necessidade de uma rápida resposta e atendimento, quando realizado com a utilização de aeronaves.

“A equipe de serviço nos Arcanjos é composta por bombeiros militares e por médicos e enfermeiros do Samu e tem, sem dúvidas, aliado rapidez e qualidade no atendimento às emergências para as quais são acionados. Parte das 2.479 pessoas atendidas diretamente pelo BOA desde janeiro de 2010 não teriam tido a mesma história de sucesso quanto a sua recuperação, sobretudo sem que apresentassem sequelas, não fosse a rapidez no socorro”, afirma Edupércio Pratts.

Conforme o Portal Satc, as solicitações para o atendimento de ocorrências com vítimas devem ser feitas pelos telefones de emergência 193, Cobom (Centro de Operações Bombeiro Militar), ou para 192, Samu.

“Tanto os bombeiros, quanto o Samu, constatando a necessidade de envio de um suporte aéreo avançado, imediatamente acionará o BOA a partir da aeronave ideal para a ocorrência”, explica o tenente-coronel.

Arcanjos

Conforme Pratts, o Arcanjo 01 (helicóptero) é utilizado nas ocorrências emergenciais em que se permita um rápido fator resposta, fazendo-se o atendimento primário às vítimas ainda no local.

Como exemplo estão acidentes de trânsito, queda de nível, fratura e trauma, emergência cárdio-vascular, respiratória, transportes emergenciais inter-hospitalares, prevenção e patrulhamento, sobretudo em praias, lagos e mananciais, apoio a outros órgãos, afogamento, arrastamento e acidente náutico, busca e resgate, incêndio em vegetações e edificações.

Já o Arcanjo 02 (avião) é utilizado para ocorrências em que se necessita do atendimento secundário, ou seja, aquelas em que já não há uma vítima a espera do primeiro socorro, predominando os transportes inter-hospitalares de pacientes graves, apoio a SC transplantes, proteção ambiental e apoio aos demais órgãos do Estado, União e municípios.

Nas operações aéreas são utilizados:

Bambi Bucket: utilizado para combate a incêndios, principalmente os florestais. Tem capacidade para transporte e alijamento de 500 litros de água.

Cesto de Salvamento: equipamento que permite o resgate com rapidez de uma ou múltiplas vítimas em áreas de risco. Exemplo: incêndio em edificação vertical (prédio; situações em enchente/enxurrada, matas, embarcações, onde o pouso ou o embarque a baixa altura apresenta-se inviável).

Puçá: destina-se ao resgate de vítimas encontradas em meio líquido (praias, rios, lagos e lagoas).

Sling (Cinto de Resgate Multifuncional): é um colar de resgate utilizado para salvamento aquático e terrestre, como em rios, lagos, mar, edificações, bem como para a extração de vítimas de locais restritos, quando o uso  do Cesto de Salvamento ou do Puçá não forem os mais adequados.

Desencarcerador: é um conjunto de ferramentas hidráulicas, capaz de realizar cortes, expansão e tracionamento de estruturas metálicas, com aplicação principalmente em operações de resgate às vítimas presas em ferragens, em decorrência de acidentes de trânsito.

Maca de Ribanceira: é utilizada para retirada por içamento de vítima com fratura ou trauma que se encontre em locais de difícil acesso.