Foto: Arquivo Engeplus
A Associação dos Avicultores do Sul Catarinense convoca todos os associados das microrregiões da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e da Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel). O chamamento é para uma assembleia geral extraordinária no sábado dia 15 de novembro, às 13 horas. O encontro será no teatro do Palazzo Delle Acque, no Centro de Nova Veneza, onde será apresentado e explanado o custo da produção de frangos no Sul catarinense.
Conforme o presidente da Associação dos Avicultores do Sul Catarinense, Emir Tezza, em entrevista ao site Engeplus, será analisado o desempenho dos lotes de frangos de corte no período de maio a outubro de 2014, além da remuneração da produção de aves de recria e de ovos férteis. Será debatido, também, a análise do novo contrato de integração e a nova tabela de conversão e suas consequências aos avicultores e a discussão, votação e encaminhamentos de formas de atuação da associação e de mobilizações a serem feitas.
Atualmente, a associação conta com 520 produtores, sendo que a expectativa é que 80% deste número compareça na assembleia. “Vamos apresentar principalmente o quanto estamos gastando para produzir as aves. Estará presente no encontro representantes de associações do Norte do Estado, como das cidades de Mafra e Rio Negrinho”, destaca Tezza.
O custo para a produção de uma ave está orçado em R$ 0,80, sendo que as empresas pagam a metade do preço. “Estamos pagando para trabalhar. Todos os produtores estão descontentes. Neste encontro, também vamos decidir sobre algumas decisões, como novas mobilizações e uma possível paralisação”, destaca. A Associação dos Avicultores do Sul Catarinense contratou profissionais de administração e de contabilidade da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que elaboraram um estudo sobre o custo de produção dos produtores.
Paralisação geral – Em uma reunião com as associações dos avicultores e os sindicatos de alimentação dos três Estados do Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná) foi proposto que os produtores não recebam por uma semana os pintos repassados pelas empresas. “Nós recebemos os pintinhos das empresas, tratamos e devolvemos a ave abatida. Essa paralisação afetaria diretamente os empresários, pois eles teriam que sacrificar os pintos. Além disso, também refletiria diretamente na exportação, pois os três Estados do Sul são os que mais produzem no país”, frisa Tezza. Esta paralisação ainda será debatida e poderá ser realizada no próximo ano.
