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Avicultores iniciam novas manifestações no Sul do Estado

Carregamento de frangos foi impedido em Lauro Müller

Foto: Ana Paula Cardoso/Engeplus

Foto: Ana Paula Cardoso/Engeplus

A Associação de Avicultores do Sul Catarinense (Avisul) realizou mais manifestações na tarde desta sexta-feira. A partir das 13 horas, nos municípios de Lauro Müller e Timbé do Sul, eles foram para a entrada das propriedades de pequenos produtores para impedir a entrada e saída de caminhões das empresas que compram as aves, evitando o carregamento e transporte dos frangos.

Conforme o site Engeplus, o presidente da Associação, Emir Tezza, explica que a ação pode ser estendida para outros municípios e não tem prazo para encerrar. "Estamos preparados para virar a noite, se for preciso, e passar o fim de semana aqui (localidade de Vargem Grande, em Lauro Müller). Não estamos deixando nem carregarem os caminhões. Mais pessoas estão colaborando e vamos parar em outros municípios também. O prejuízo vai ser grande sem essas aves", ressaltou.

A segunda manifestação do dia iniciou por volta das 16 horas, em Forquilhinha, onde está uma das três empresas do Grupo JBS no Sul do Estado. No local, os avicultores pedem a adesão dos trabalhadores ao movimento. "Vamos paralisar as atividades na empresa e no campo. Começamos por Forquilhinha, mas podemos fazer paralisações nas outras empresas também", adiantou Tezza.

Ele afirma que as manifestações continuam sendo realizadas em virtude do descontentamento dos avicultores com o preço pago pelas empresas por frango. Ainda de acordo com o presidente da Associação, o desligamento de produtores também é um dos principais motivos das manifestações. "Aguardamos uma resposta do Grupo JBS, uma proposta, esperamos que eles apresentem algo que seja digno para pagar o produtor", finalizou.

O que diz a empresa

Conforme o gerente corporativo de agropecuária do Grupo JBS, José Antônio Ribas Junior, a empresa tem conhecimento, até o momento, de uma propriedade bloqueada em Lauro Müller. "O produtor já nos procurou, mas o impedimento está sendo feito pela associação que o representa. O que queremos destacar é que esse tipo de ação não gera prejuízos somente para a empresa, mas também para o pequeno produtor", frisou Ribas Junior.

Em relação a outra manifestação, ele acrescenta que em torno de 40 pessoas estão na frente do portão da unidade da JBS em Forquilhinha, mas, por enquanto, nenhum trabalhador paralisou atividades dentro da empresa, assim como nas unidades de Morro Grande e Nova Veneza. Além disso, o gerente destaca que o Grupo JBS possui um interdito judicial para as três unidades do Sul catarinense. "Esse documento garante que não seja impedido o fluxo de pessoas e animais na frente dos portões da empresa", lembrou.