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Bancários da região decidem entrar em greve a partir de terça-feira

Foto: Maristela Benedet

Foto: Maristela Benedet

Os bancários de Criciúma e região aprovaram, em assembleia realizada nesta quinta-feira, no Auditório do Sindicato dos Ceramistas, a greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira. Este será o 11º ano consecutivo que a categoria regional adere à mobilização nacional. “Temos que lembrar que esta luta não é somente por nós, é uma luta para as gerações que virão após de nós”, lembrou o presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma, Edegar Generoso.

Segundo orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, os 134 sindicatos que representam os bancários em todo o país estão realizando assembleias neste mesmo dia devendo rejeitar a proposta apresentada pela Fenaban no último dia 19.

Uma nova assembleia será realizada na segunda-feira, às 19h, no Auditório São José, em Criciúma, para organizar a greve ou avaliar uma nova proposta caso seja apresentada pela Fenaban até a data.

Segundo o sindicalista os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores deles tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. “Mas os banqueiros ofereceram apenas 7% de reajuste e rejeitam as principais demandas sociais, como preservação do emprego, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral”, pontua.

Na região são cerca de 800 trabalhadores distribuídos em 60 agências dos 10 municípios integrando a base de Criciúma: Içara, Balneário Rincão, Morro da Fumaça, Forquilhinha, Cocal do Sul, Urussanga, Siderópolis, Nova Veneza, Criciúma e Treviso.

As principais reivindicações dos bancários são:

– Reajuste salarial de 12,5%.
– PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
– 14º salário.
– Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada;
– Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
– Fim das metas abusivas.
– Combate ao assédio moral.
– Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, e combate às terceirizações.

Colaboração: Maristela Benedet