Foto: Luciana Wronski/HNSC/Divulgação/Notisul
Trezentas mechas de cabelo e quatro perucas foram entregues ontem, no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), por meio de uma campanha idealizada pela administradora Daniele Bittencourt, 25 anos, de Capivari de Baixo, na rede social Facebook, chamada ‘Mechas do Amor’. A doação beneficiará 39 mulheres com câncer que realizam tratamento no hospital.
Conforme reportagem do jornal Notisul, as mechas serão pesadas e enviadas a Joinville, para confecção de perucas. São necessários 200 gramas de cabelos para confecção de uma peruca, cujas mechas devem ter, no mínimo, 20 centímetros de comprimento. O hospital possui um banco de perucas, mantido pelas voluntárias do setor de oncologia, que são emprestadas às pacientes e devolvidas ao fim do tratamento.
A integrante do grupo de voluntárias da oncologia Gerlinde Z. Wloch ressalta a importância da iniciativa. “Gostaria de parabenizar a Daniele. Ao contrário de muitos que recebem o diagnóstico e que acham que a vida acaba, ela está dando exemplo. O tratamento do câncer é uma luta diária, e um dos passos para a cura é a autoestima”, avalia.
A campanha idealizada por Daniele coincidiu com o Outubro Rosa. Para o próximo ano, também em outubro, ela e as amigas pretendem fazer novamente uma doação de mechas de cabelos às voluntárias da oncologia.
Mechas do Amor
A campanha, iniciada no fim de setembro, período em que Daniele foi diagnosticada com câncer de mama, teve a colaboração de quatro amigas (Fernanda Zeferino, 32 anos; Lidiane Santos Correa, 26; Luciane da Silva Leopoldina, 27; e Geisa Cancelier, 26). Logo foi curtida e compartilhada por centenas de pessoas. “Assim que soube que estava com a doença, cortei o cabelo e postei no Facebook. O legal nesta campanha é poder ajudar a devolver a autoestima às mulheres com câncer”, relata Daniele.
Para ela, o mais importante é nunca descuidar da prevenção. “Quanto antes a doença for descoberta, mais chance de cura. Não podemos nos esquecer do autoexame das mamas e da consulta com o médico. O meu câncer foi descoberto cedo e não é tão agressivo”, orienta.
