Segurança

Bando que atuou em assaltos na região é indiciado pela DIC de Criciúma

Foto: Arquivo / Daniel Búrigo

Foto: Arquivo / Daniel Búrigo

O delegado Márcio Campos Neves, da Divisão de Furtos e Roubos, da Divisão de Investigação Criminal – DIC de Criciúma, já concluiu os inquéritos policiais referentes a uma associação criminosa que cometeu diversos assaltos na região. Conforme a autoridade policial, somente roubos a residências foram identificados seis.

"Foram três em Criciúma, um em Içara, um em Forquilhinha e outro em Maracajá. Sem contar outros roubos em estabelecimentos comerciais e a malotes. Foram ao menos dois em uma distribuidora de alimentos em Cocal do Sul, uma farmácia e dois malotes em Içara e um malote a posto de combustíveis em Criciúma. Isso, somente o bando que foi preso no último dia 7", enumera Neves.

Ao todo, foram identificados 12 envolvidos, dentre eles, duas mulheres. Destes, nove estão presos e três respondem em liberdade. O delegado aguarda alguns documentos para formalização de provas. Alguns casos também estão sendo analisados nas delegacias das comarcas onde ocorreram os fatos, fora de Criciúma.

Parte da quadrilha foi desarticulada no dia 7 em operação da DIC. Neste dia, foram cinco detidos, dentre eles um adolescente de 16 anos, considerado o "cabeça" do grupo, e o irmão de um policial militar, que repassava informações das vítimas para o cometimento dos crimes.

Na semana seguinte, a DIC, com apoio da Polícia Civil de Içara, prendeu o que considera o "pior e maior ladrão que estava em atuação na região", no Bairro Liri, em Içara. Somente na semana passada, Adriano Joaquim Serafim, vulgo Lacraia, de 30 anos, foi indiciado por quatro roubos pela DIC. Dois dias depois, o concunhado dele, um dos seus principais comparsas, foi preso após um roubo a um posto de combustíveis, em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Ainda nesta semana, provavelmente na sexta-feira, o delegado deve ir até Palhoça para interrogar o acusado. "São vários roubos e queremos saber detalhes que, por vezes, por carta precatória iriam se perder, e temos a intenção de tomar todas às provas. Vamos mostrar que o que ele fez em Criciúma vai custar muito caro", ressalta Neves. O concunhado de Lacraia já foi identificado, ao menos, por um latrocínio tentado no Bairro Recanto Verde, onde um idoso, de 75 anos, e o filho dele, foram baleados. "Um roubo a residência em Içara, município onde também cometeu um assalto à farmácia no início do mês, dentre outros crimes, um deles até em Forquilhinha. São vários assaltos, inclusive com corrupção de menores", diz.

Tendência de queda de crimes sequenciais

Com essas prisões e outras recentes as quais a Polícia Civil realizou, a tendência é que tenha uma diminuição em ações criminosas contra o patrimônio, pelo menos, as mais sequenciais.

"Era um bando que atuava de forma mais frequente. A gente sabe que têm outros, mas que não agem com tanta frequência, e estamos monitorando. Foi dada uma prioridade nas investigações intensificando-as a partir do momento que ocorreu aquele latrocínio tentado na região da Quarta Linha, com a prisão do mandante, e do executor, que é esse concunhado do Lacraia. Só ainda não foi possível comprovar se o Lacraia participou deste crime. Um casal também já está preso, identificado por três roubos a residências. Ou seja, todos comparsas. Eram atos bem violentos. Ficavam em torno de três, quatro horas em poder das vítimas, avacalhando, torturando, amarrando familiares. Faziam, três, quatro voltas, para levar o que tinha dentro de casa", exemplifica.

Outra problemática relacionada aos crimes contra o patrimônio, apontada pelo responsável da Furtos e Roubos da DIC, é em relação aos casos de arrombamentos seguido de furtos. "São crimes que infelizmente são difíceis de comprovar a autoria. O roubo é menos dificultoso, porque deixa alguns rastros. O arrombamento quase nunca ninguém viu, dificilmente é realizada perícia e raramente tem câmeras de vigilância para auxiliar. Ou seja, uma série de dificuldades que a gente enfrenta e uma frustração por parte das vítimas que acabam tendo o seu reino encantado violado", lamenta a autoridade policial.

Com iformações de Telise Freitas / Clicatribuna