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Bênçãos dos Ramos marca início da Semana Santa para os católicos

 Foto: Adriana Zanoni

Foto: Adriana Zanoni

Neste domingo, 13, católicos no mundo inteiro celebram o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. A celebração marcada pelo rito da Bênção e Procissão de Ramos, antes da missa, recorda aos fiéis a entrada solene de Jesus, em Jerusalém, montado sobre um jumento e aclamado como Rei. A solenidade marca também o início da Semana Santa, na qual se celebra o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

“A Ele é que devemos dar nossas honras e glórias, não às coisas do mundo. Jesus nos mostra que seu reino é um reino de humildade. Sempre ficou junto do povo, sendo que todas as pessoas, doentes e sofredoras, podiam se aproximar Dele. Ele nunca excluiu ninguém, todos encontravam nele acolhida, porque é o Rei de todos. Diferente dos reis do mundo, que muitas vezes andam de jatinho especial, Ele montava num animal mais simples para mostrar que esse é o verdadeiro serviço que devemos prestar. Todos aqueles que tem fé e servem a Ele, devem servir com alegria”, pontua o bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach.

Neste domingo, a Igreja paramenta-se de vermelho, cor do martírio e, no lugar de flores, usam-se também os ramos de oliveira. Seguindo a tradição, as Cinzas da próxima Quaresma serão obtidas através da queima destes ramos, que também são incinerados a fim de afastar tempestades e em momentos de insegurança, conforme explica Dom Jacinto. “As pessoas queimam num sinal de que Deus está conosco e de que não precisamos ter medo. É uma tradição muito forte, porque cortaram ramos de oliveira e colocaram onde Jesus iria passar. E onde Jesus passa, deixa bênçãos. Assim, nossos ramos são abençoados e os levamos para nossas casas como sinal de que Jesus ali passou com sua benção. Podem ser deixados dentro de casa, ou mesmo no carro, como eu muitas vezes deixo um raminho. Eles lembram a vitória de Cristo sobre todos os males”, enfatiza o bispo. 

Coleta Nacional da Solidariedade acontece nesse domingo

Neste fim de semana, a Igreja Católica também promove a Coleta Nacional da Solidariedade. Uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Cáritas Brasileira que acontece em sintonia com a Campanha da Fraternidade, neste ano com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (GL 5,1).

A coleta tem a seguinte organização: do total arrecadado, 60% permanece na Diocese para compor o Fundo Diocesano de Solidariedade, administrado pela Cáritas Diocesana, e 40% é enviado ao Fundo Nacional de Solidariedade, que é administrado pela Cáritas Brasileira, ambos destinados a projetos sociais. 

O bispo Dom Jacinto recorda que esta é a maior coleta realizada no país, em benefício da dignidade de filhos e filhas de Deus. Segundo ele, participar intensa e ativamente das celebrações durante a Semana Santa e contribuir neste fim de semana com os irmãos que sofrem. “Queremos pertencer ao reino de Deus, reino de amor, de justiça e de fraternidade. Esse reino nos conclama a sermos solidários e, ao mesmo tempo, nos compromete a trabalhar por ele”, afirma. 

Colaboração: Bibiana Pignatel