Segurança

Cadáver retirado de caixão apresentava lesões suspeitas

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

O Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma coletou material da genitália do cadáver da mulher que foi retirada do caixão, na madrugada de ontem (26), no Cemitério Municipal de Siderópolis, área central do município. O corpo de Célia Euzébio Gonçalves, 43 anos, vítima de câncer, foi enterrado na tarde de domingo e encontrado nu pelo coveiro, dentro do caixão, que foi deixado fora da gaveta mortuária. O objetivo da coleta é constatar se houve violação sexual ou não, já que o IML identificou algumas marcas características de conjunção carnal, não descartando se tratar de um caso de necrofilia (prática sexual com cadáver). Célia morreu de câncer.

Conforme a técnica do IML, Vanessa Dario, somente há lesões suspeitas na região da vagina. “No restante do cadáver foi constatado algumas marcas, mas decorrentes da doença. No momento não é possível afirmar se houve alguma violação sexual, somente com os laudos prontos”, explica Vanessa, em entrevista para o site Clicatribuna.

O material coletado será enviado ao Instituto de Análises Forenses (IAF) do Instituto Geral de Perícias (IGP), em Florianópolis. O resultado deve ficar pronto em 30 dias. O corpo de Célia foi liberado pelo marido por volta das 15h30min do IML. O delegado responsável pelo caso, José Tadeus Vargas, aguardas os laudos da perícia para se pronunciar.

Amigos e familiares foram ao local

O caso foi descoberto após o coveiro chegar ao trabalho e perceber que um túmulo havia sido violado, estando o caixão aberto e o cadáver sem roupas. Conforme Claudete Euzébio Zavaris, irmã de Célia, a vítima ficou acamada por quatro meses. “Ela teve câncer no pulmão, que depois passou para o cérebro. Foi um choque muito grande quando nos avisaram. Nós não entendemos como alguém pôde fazer isso”, lamentou.

A primeira hipótese levantada foi à possibilidade de haver objetos de valor que pudessem ter sido furtados de dentro do caixão, porém a família nega a opção. “Ela não tinha nada de valor. Só estava com a roupa do corpo. Nada de ouro ou algo do tipo. É uma tristeza muito grande, pois minha irmã era uma pessoa muito boa e apegada a Deus. Não tinha inimigos”, completa emocionada.

A vítima era moradora do Balneário Rincão e foi enterrada em Siderópolis por ser a cidade natal da família. Amigos e familiares estiveram no local e acompanharam os procedimentos. “Em 18 anos de Polícia Militar nunca vi nada do tipo”, surpreende-se o soldado Jones Monteiro Fraga.