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Caso Criciúma Construções: mais pessoas serão ouvidas e investigadas

Promotores afirmam que investigação não está encerrada e na próxima semana novas ações penais serão realizadas

Foto: Mariana Noronha/Engeplus

Foto: Mariana Noronha/Engeplus

Apesar da prisão preventiva, realizada ontem, de três suspeitos envolvidos nos ilícitos do Caso Criciúma Construções, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) reuniu a imprensa na tarde de hoje para informar que as investigações não estão encerradas. Outros suspeitos são investigados, e mais pessoas serão ouvidas. 

De acordo com o promotor de justiça Marcus Vinícius Ribeiro de Camillo, cinco promotores trabalham nas investigações, que ocorrem nas esferas civil e criminal. Deflagrada em maio de 2014, mais de 600 pessoas foram ouvidas durante a operação. Ainda assim, há muito trabalho pela frente, já que, de acordo com o promotor Cleber Lodetti de Oliveira, ao longo das próximas semanas serão iniciadas nova ações penais, e analisados todos documentos e objetos apreendidos. "É importante ressaltar que o Grupo Econômico Criciúma Construções é constituído de 72 pessoas jurídicas, quatro empresas mães, e várias sociedades. O total de empreendimentos inacabados são 92", aponta.  

Os três suspeitos que foram presos preventivamente, nessa quinta-feira, (o sócio-proprietário e o diretor financeiro da empresa investigada, bem como um empresário do ramo supermercadista da região) estão no Presídio Santa Augusta e devem permanecer no local por tempo indeterminado. O último citado, conforme os promotores, têm ligação direta com os atos ilícitos da empresa. 

Segundo o site Engeplus, os crimes investigados estão previstos nas leis de Parcelamento do Solo, Incorporações, Fraude Processual, estelionato e lavagem e ocultação de bens.  

Entenda o caso  

Em maio de 2014, o Ministério Público instaurou inquérito civil e procedimento investigatório criminal para apurar atos em tese ilícitos praticados na administração de grande empresa de construção civil que, na época, estava inadimplente com 8.800 consumidores de várias regiões de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, uma vez que os empreendimentos lançados e comercializados por ela estavam todos atrasados ou paralisados. 

A partir dessa apuração, o Ministério Público ajuizou 28 ações civis públicas visando proteger os direitos dos milhares de consumidores lesados. Dessas ações, 17 foram ajuizadas na Comarca de Criciúma, um em Forquilhinha, dois em Chapecó, sete em Jaraguá do Sul e um em Joinville.