Segurança

Caso da menina morta pelo tio-avô apresenta novidades

Delegado busca identificar uma terceira pessoa envolvida

O delegado Márcio Campos Neves segue com a investigação em torno do caso da menina Carolini Dias Rinaldi, de quatro anos, vítima de estilhaços de um tiro de espingarda disparado pelo próprio tio-avô. As novidades desta semana são a prisão do sobrinho do autor do disparo e a apreensão de uma segunda arma de fogo.

O jovem de 19 anos está recluso no presídio Santa Augusta, em Criciúma. Ele foi preso na última quarta-feira, em cumprimento a um mandado de prisão. Conforme o delegado, o rapaz foi quem levou o autor do disparo até a casa da vítima e o ajudou na fuga.

Conforme o site Engeplus, os dois devem responder pelos crimes de tentativa de homicídio, contra o homem, e homicídio qualificado com erro de execução, no caso da menina. Além disso, testemunhas afirmaram que havia uma terceira pessoa no automóvel usado pela dupla. O delegado tenta identificar e localizar essa pessoa.

Já a segunda arma de fogo foi apreendida nesta quinta-feira. A defesa do homem de 41 anos que efetuou o disparo tenta alegar legítima defesa. Ele afirma que não chegou armado à casa do irmão, houve uma briga e ele pegou uma espingarda que já estava na moradia.

"Realmente, estive na casa da vítima e encontrei a espingarda, mas é uma arma muito antiga, estava pendurada na parede, tinha até teias de aranha e poeira porque servia como decoração, o que derruba essa tese da defesa. Mesmo assim, a espingarda foi apreendida e encaminhada para perícia", ressalta a autoridade policial.

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 5, no Balneário Rincão. A princípio, o crime foi motivado por uma briga em família envolvendo negócios. Um tiro foi efetuado e os estilhações atingiram a cabeça de Carolini e as costas do avô dela, proprietário da casa onde ocorreu o fato. O disparo foi feito pelo tio-avô da menina (no caso, irmão do avô dela). A criança foi internada em estado grave e morreu no dia 11. O autor do disparo foi preso em flagrante horas depois do crime.