Segurança

Celular com mensagens de ataques é encontrado em Tubarão

Aparelho estava em posse de um jovem de 18 anos no bairro Passagem

Foto: Polícia Civil Tubarão/Divulgação

Foto: Polícia Civil Tubarão/Divulgação

A onda de ataques que é registrada em Santa Catarina teve uma das noites mais violentas na quarta-feira e madrugada de ontem. Mais registros de incêndios a ônibus e tiros a uma guarita de segurança do Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis, foram listados. Tubarão também teve ocorrências registradas que podem estar ligadas aos ataques. 

Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, um celular com mensagens e áudios sobre os ataques teria sido encontrado com um jovem de 18 anos no bairro Passagem, na Área Verde. De acordo com o boletim policial, durante a quarta-feira havia denúncias de que homens estariam em um Cross Fox de cor branca, na Cidade Azul, com o objetivo de atuar em prol dos ataques que vêm acontecendo no Estado. Diante da informação, em rondas pela cidade, por volta das 22h45min o veículo citado foi abordado.

Em revista no carro e busca pessoal ao motorista de 18 anos, que segundo a Polícia Militar (PM) tem várias passagens pela polícia, o motorista teria ficado alterado. Contudo, em continuidade, a polícia teria encontrado um telefone celular. No aparelho, várias mensagens e áudios se referindo aos ataques teriam sido encontrados. 

Além do celular, a polícia teria encontrado também pouco mais de R$ 2,6 mil em dinheiro. O jovem, conforme a polícia, teria resistido e recebeu voz de prisão. Enquanto o jovem de 18 anos era conduzido, teria surgido um outro homem de 26 anos, que teria desacatado os policiais com palavras de baixo calão e ameaças, enquanto gravava a ação da força policial. Ambos foram conduzidos à Central de Plantão Policial (CPP). 

Até o fechamento desta edição, Santa Catarina classificou a madrugada de ontem como sendo uma das mais violentas. Os ataques tiveram início no dia 26 de setembro.

Causas

Desde o dia 26 de setembro até ontem a PM já contabilizava mais de 50 ocorrências. Outros ataques foram registrados pela polícia, mas tratados como atos de vandalismo, sem ligação com a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Os municípios de Florianópolis e Itajaí foram os que mais registraram ocorrências, com três cada. Ontem, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) teria confirmado que a ordem para a terceira onda de ataques em Santa Catarina foi dada por detentos catarinenses que foram transferidos para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Civil, a mensagem de ataques foi recebida por integrantes da facção criminosa do Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e retransmitida para membros de todo o Estado.