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Ceramistas paralisam atividades na região

Foto: Divulgação/Engeplus

Foto: Divulgação/Engeplus

Começou nessa quinta-feira a greve dos ceramistas na região. Cerca de 900 profissionais da empresa Portinari, de Criciúma, estão de braços cruzados, uma adesão de 100% dos funcionários. Ao longo desta sexta-feira, profissionais da Eliane, de Cocal do Sul, irão parar as atividades também. Na Região Carbonífera são oito empresas e 5,5 mil ceramistas. No entanto, duas empresas da região não aderiram à greve, pois houve acordo entre funcionários e patrões. Nas empresas Pierini e Elizabeth, a produção não irá sofrer alterações nos próximos dias.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas, Itaci de Sá, a categoria pede um aumento salarial de 10% geral, R$ 850 de abono de férias e um intervalo de uma hora para lanche. Segundo o presidente, cerca de três empresas concedem 40 minutos para o lanche.

De acordo com o site Engeplus, a classe patronal ofereceu aos trabalhadores que ganham até R$ 3 mil, 8% de reajuste, contando com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 5,56%. Para quem ganha entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, o reajuste proposto é de 5,56%, ou seja, apenas o INPC, sem aumento real. De acordo com o diretor técnico do Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma (Sindiceram), Ênio Coan, ano passado, foi concedido 10% de aumento aos trabalhadores, sendo que 1% deste reajuste era um adiantamento para 2014, portanto, neste ano, a categoria deveria acertar com o valor de 9%, mas empresas oferecem R$ 8. “Por causa de um 1% não teve acordo ainda”, pontua.

De acordo com Coan, a classe patronal apresentou oito propostas diferentes, esgotando a possibilidade de negociação. “Nos últimos nove anos, foram 25% de aumento salarial para a categoria, que tem o maior piso do Estado de Santa Catarina”, destaca. Como não houve acordo entre o sindicato e o patronal, a Justiça Trabalhista de Criciúma irá enviar para Florianópolis a proposta do dissídio coletivo da categoria. “Não havendo acordo, a Justiça julga o dissídio e determina o índice de reajuste”, explica. Ainda conforme Coan, 1% para uma empresa é um valor muito alto. “Para uma empresa de grande porte, 1% representa milhões”, pontua.