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Ceramistas rejeitam 1% de aumento real

Eles querem 7% de aumento e mais a inflação acumulada.

Foto: Maristela Benedet

Foto: Maristela Benedet

Os trabalhadores ceramistas rejeitaram 1% de ganho real e 5,56% de INPC do período nas quatro assembleias realizadas hoje (23), em Criciúma e Cocal do Sul. Eles querem 7% de aumento e mais a inflação acumulada entre demais cláusulas.

O atual piso da categoria é de R$ 1.144,00. São cerca de 5,5 mil trabalhadores distribuídos em 13 empresas na região. “Os profissionais estão em pé de guerra, bastante indignados e revoltados com essa proposta. Alguns até defenderam uma posição mais radical de greve, mas nós ponderamos porque já temos outra rodada de negociação marcada para o dia 11 de fevereiro”, explica Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região.

Conforme o sindicalista as empresas novamente alegam que os salários estão muito altos na região, acima da média nacional mas estão com falta de mão de obra.  “Foi com muita luta e pressão do sindicato e dos trabalhadores essa ampliação do poder de renda da categoria chegando a 24% de aumento nos últimos nove anos, ainda assim essa afirmação do patronal é equivocada", pondera Itaci, pois os salários continuam baixos e é preciso manter o avanço nos índices para garantir mais vida digna aos trabalhadores e suas famílias.

Ele reitera que nos últimos dias com o calor elevado, os profissionais estão exercendo a jornada sob uma temperatura de quase 60 graus, além de enfrentar poeira, ruídos e ter que trabalhar nos feriados."Sobram vagas porque eles estão no limite, muitos migrando para outros setores pelas condições precárias de trabalho e ainda não querem melhorar os salários?”, questiona o presidente.

Colaboração: Maristela Benedet