Política

Cientistas políticos ressaltam importância do Voto Regional

Campanha visa aumentar a representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados

Foto: Divulgação

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As eleições ocorrem neste domingo, dia 5, das 8 horas às 17 horas, em todo território nacional. Diante da urna, cada eleitor terá a missão de escolher representantes para os seguintes cargos: deputado estadual, federal, senador, governador e o presidente da República. Juntos, os eleitos irão governar o país nos próximos quatro anos. No entanto, apenas com a proximidade do pleito é que muitos eleitores começam a pensar nos candidatos que serão votados.

Conforme a cientista política, Janete Triches, historicamente, as eleições no Brasil são decididas nas últimas 48 horas. “Como esta é a última semana, o eleitor que está indeciso vai procurar mais informações sobre os candidatos” destaca. Na região Sul do Estado, as Associações Empresariais e as Câmaras de Dirigentes e Lojistas estão empenhadas na campanha: Voto Regional – A Força do Sul nas Urnas. A iniciativa visa manter ou aumentar a representatividade do Sul do Estado na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Atualmente, a região conta com oito representantes nestas esferas.

A vantagem em votar em candidatos das cidades do Sul, segundo Triches, ocorre pelo conhecimento deles em relação às necessidades da região. “Por conhecerem as dificuldades e reivindicações, eles acabam se tornando os porta-vozes habilitados e preparados para fazer as defesas das nossas reclamações”, explica.

De acordo com o cientista político, Reginaldo Souza Vieira, se o eleitor tiver alguma afinidade com algum candidato do Sul é importante votar regionalmente. No entanto, segundo Vieira, os eleitores estão deixando para votar na última hora, o que é preocupante, pois a escolha pode ser influenciada pelo poder econômico.  

Outra vantagem de votar em candidatos do Sul do Estado, segundo Triches, é a possibilidade de cobrança. “Eles estarão pela região, participando de eventos. Não são pessoas estranhas aos nossos anseios”, frisa.

Segundo o presidente da Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, César Smielevski, as reivindicações do Sul do Estado estão ligadas diretamente na quantidade de deputados eleitos. Em Criciúma, de acordo com Smielevski, é preciso terminar algumas obras estruturantes, como o Contorno do Anel Viário e a Via Rápida. “Com a vinda da Transgás para o Sul precisamos ter uma rodovia litorânea, que ligue Imbituba ao município de Araquari, no Norte do Estado. Com isso, haverá uma ligação com a malha ferroviária do centro leste, trazendo riquezas para o Sul”, frisa.

Para Reginaldo, o pleito deste ano está passivo. “O volume das eleições passadas era maior. As pessoas estão assumindo menos as candidaturas, estão distantes do processo eleitoral, mas acredito que a região irá eleger uma boa bancada representativa”. Segundo Janete, há um desgaste grande com as críticas destrutivas para todos os lados entre os candidatos, muitos sem conhecimento de causa. “Porém, temos muitos candidatos e 11 presidenciáveis, o que amplia o horizonte do eleitor. Só em uma democracia isso é permitido”, conclui.

Colaboração: Douglas Saviato/Novo Texto Comunicação