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Cirurgia pode ajudar jovem de São Ludgero a recuperar os movimentos

Foto: Divulgação

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Foi no dia 25 de setembro de 2005 que a vida do jovem Diego Mateus, morador de São Ludgero, mudou completamente. Foi neste dia que ele sofreu o acidente que o deixou sem movimentos e sem sensibilidade no corpo do ombro para baixo. Depois de muita luta, Diego trava uma nova batalha para tentar arrecadar dinheiro para fazer uma cirurgia em Portugal. 

Diego, hoje com 26 anos, trabalhava, estudava e sempre encontrava tempo pra sua atividade favorita – jogar futebol – na época em sofreu o acidente. “Eu estava em uma festa e saí do salão para tomar um ar. Então chegou um colega de trabalho, parou do meu lado e começamos a conversar. Sentei na garupa da moto e, de repente, ele arrancou e saiu com a moto empinada. Eu caí entre o asfalto e o meio-fio”, relembra o jovem em entrevista para o jornal Diário do Sul.

Diego ficou no hospital por seis meses e teve que aprender a viver de um modo completamente diferente desde então. “É difícil você depender dos outros para tudo, mas com o amor da minha família consigo superar. Não vou desistir de lutar nunca”, diz o jovem.

Como a família dispõe de poucos recursos, o tratamento de Diego hoje consiste em fisioterapia oferecida pelo Estado e uso de medicação. Em 2007, Diego teve a oportunidade de ir ao hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, onde conviveu com outros cadeirantes e teve a possibilidade de receber auxílio para se adaptar à sua nova realidade. 

“Aprendi tudo sobre o que estava acontecendo comigo e os cuidados que teria que ter diariamente. Comecei a fazer fisioterapias diferentes, comecei a sair, passear, conhecer gente nova. Enfim, o Sarah foi e é muito importante nessa minha luta por uma vida melhor”, conta.

Diego passou a utilizar um mouse adaptado para fazer pesquisas na internet e foi desta forma que descobriu a história de uma jovem brasileira que ficou tetraplégica após ser vítima de uma bala perdida. “Ela fez uma cirurgia de autoenxerto de células estaminais da mucosa olfativa e melhorou bastante”, pontua. 

Esperançoso, Diego fez contato com o médico português Carlos Lima, que fez o tratamento, e ele pediu uma ressonância magnética para o jovem. “Quando mandei, ele não me respondia mais, então fui procurar saber e descobri que ele tinha morrido de infarto”, lembra.

Persistente, Diego não desistiu e buscou o médico Pratas Vital, que faz parte da equipe de Carlos Lima. “Fiz contato com ele e mandei todos os exames. Recentemente, ele me retornou dizendo que posso ser submetido à cirurgia e que ela pode ser feita no mês de abril”, relata. 

A partir do retorno do médico, começou a batalha de Diego e da família para conseguir os recursos financeiros para realizar a cirurgia. “O procedimento custa R$ 114 mil. Depois da cirurgia é necessário fazer uma reabilitação na Itália, onde teremos custo de hospedagem e alimentação”, detalha Diego.

Doações

Em quatro dias de campanha de arrecadação, Diego conseguiu o valor de R$ 100. “Estou apenas no começo. Tenho muita confiança de que vamos conseguir o valor e que vou poder fazer o tratamento. O relato da paciente que vi conta que depois do tratamento ela começou a ter movimentos nos braços e sensibilidade no tronco. Hoje, ela está quase andando. Para quem perde todos os movimentos, qualquer recuperação que você tiver é uma grande vitória”, salienta. 

Quem quiser saber mais detalhes sobre a história de Diego pode acessar o site http://superadiego.webnode.com. O contato para doações pode ser feito pelo e-mail diegosl_10@hotmail.com, ou pelos telefones (48) 8863-9376 e (48) 3657-1269. Doações podem ser feitas também pela Caixa Econômica, no nome de  Diego Mateus, agência: 3850 – 013, conta corrente 1017-2.