Economia

Colheita do pinhão inicia com expectativa positiva de safra

Foto: Divulgação Rádio Difusora São Joaquim

Foto: Divulgação Rádio Difusora São Joaquim

No Sul do Brasil, quando é falado em Inverno, muitas pessoas lembram como é bom comer pinhão no clima mais frio do ano. Para os apreciadores desta semente e suas mais variadas receitas, a informação do momento é o início da colheita na Serra catarinense e da venda. Nesta terça-feira, foi dada a largada para mais uma safra de pinhão, a qual, segundo expectativas, deve ser melhor do que a do ano passado, embora ainda não seja uma grande colheita.

Existem poucos estudos em torno da produção de pinhão, tendo em vista que sua árvore, a araucária, é nativa do Planalto e não precisa ser cultivada pelos produtores. No entanto, sabe-se que condições climáticas extremas, como seca ou geada, podem prejudicar o desenvolvimento da flor, a pinha, da qual é extraído o pinhão. Ao mesmo tempo, quanto mais frio, melhor será a conservação do pinhão depois de colhido.

O período de colheita iniciou no primeiro dia de abril e segue até meados de julho, de acordo com as variedades de pinheiro, sendo que o período de maturação do pinhão é de dois anos, como explica o extensionista rural da Epagri no município de Painel, Raul Serqueira. Inclusive, a estimativa para a produção de pinhão neste ano em Painel é de 1,3 mil toneladas ao longo da safra. Além dele, os municípios de São Joaquim, Lages, Bom Jardim, Urubici e Urupema são os grandes produtores da semente na Serra catarinense.

Segundo informações do site Engeplus, em São Joaquim mora e trabalha o produtor Ilton Anselmo Pereira. Ele tem uma propriedade em Chapada Bonita, onde mantém dois funcionários para a colheita do pinhão, área que lhe garante renda desde 1982. Pereira também acredita que a safra deste ano não será muito grande, o que pode garantir um valor mais alto pago ao produtor pela saca de pinhão (50 quilos).
"O preço varia de acordo com a oferta e procura. Ele oscila bastante desde o início até o fim da colheita, principalmente na época das festas de junho e julho. No ano passado, chegou a R$ 70, R$ 80 o saco de 50 quilos, o que dava em torno de R$ 1,90 por quilo. A expectativa é de que em 2014 o valor esteja mais alto", salienta o produtor.

Serqueira afirma que uma parte do pinhão fica mesmo na região serrana, mas a maioria da produção segue viagem e é comercializada, principalmente, nas cidades próximas ao Litoral. Em grandes proporções, o pinhão também é vendido para capitais como Curitiba (PR) e São Paulo (SP), onde pode ser encontrado nas grandes feiras.