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Comércio irregular de óculos de grau preocupa especialistas em SC

Foto: Reprodução RBS TV

Foto: Reprodução RBS TV

Especialistas alertam para os riscos de óculos de grau comercializados em comércios populares e camelôs de Santa Catarina. No Centro de Florianópolis, é possível comprar óculos sem receita médica, conforme mostrou a reportagem do Estúdio Santa Catarina desse domingo (25). Os preços variam entre R$ 15 e R$ 20.

A venda sem receita é proibida pela Vigilância Sanitária. O comerciante que realizar esse tipo de comércio pode pegar penas de seis meses a dois anos de detenção, por exercício ilegal da medicina.  Entretanto, a reportagem teve facilidade em comprar óculos em camelô na capital e em loja popular em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Conforme reportagem do site G1 Santa Catarina, em um laboratório profissional, especializado na fabricação de lentes, os óculos comprados em comércios ilegais foram analisados. O técnico óptico Cristiam Amorim realizou teste nos quais todas as amostras foram reprovadas. "Não tem como você fazer uma série de óculos prontos. Cada óculos deve ser feito de acordo com a particularidade do cliente. O material deles também é altamente prejudicial ao ser humano", afirma.

Os comerciantes auxiliam os compradores na seleção do grau. Os testes feitos envolvem ler jornais e olhar em um ponto distante, sem critério médico para o uso. O material também preocupa, já que alguns óculos eram feitos do mesmo tipo de acrílico que réguas escolares. Os objetos eram importados do Paraguai e não possuíam filtros contra raio solares.

O vice-presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, Ayrton Ramos, reforça que um dos principais problemas desta automedicação é ignorar possíveis doenças da visão. "Muitas dessas pessoas podem ter doenças como glaucoma, uma doença que leva à cegueira. E a pessoa não percebe. Quando ela chegar no oftalmologista, já será tarde", diz.