Economia

Consumidores devem se preparar para novos reajustes nos combustíveis

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

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O reequilíbrio nas contas do Governo Federal vai custar caro ao consumidor. Para aumentar a arrecadação uma série de tributos serão reajustados e pesarão no bolso. O aumento nas alíquotas de PIS/Cofins e nas Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre o combustível devem acarretar um aumento de cerca de R$ 0,22 na gasolina e R$ 0,15 no diesel nas refinarias. Ao anunciar as medidas o presidente da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o repasse dos reajustes dependerá de decisão da Petrobras. O representante dos postos de combustíveis de Criciúma, Edilson Barp, reforça que o aumento anunciado no final da tarde de terça-feira já era esperado.

“Eu já havia dito em novembro quando houve o último reajuste que teríamos um novo aumento no início deste ano. O que sabemos é apenas o que foi dito pelo governo e que, infelizmente, pode ficar com valores acima do divulgado”, coloca Barp. Conforme ele, o aumento chega aos distribuidores e precisa ser repassado aos consumidores. “Essa medida afeta toda a economia. O transporte de produtos no país é feito por rodovias que terão mais custos e irão gerar aumento de produtos. Os postos também estão precisando cada vez mais de capital de giro para suportar todos esses aumentos”, reforça o representante.

Em Criciúma, a gasolina comum hoje varia entre R$ 2,99 até 3,12. Segundo o representante o preço deveria estar em R$ 3,19, aplicando o reajuste de novembro do ano passado de 3% na gasolina e 5% no diesel. “A concorrência entre os postos de combustível tem forçado essa variação no preço da gasolina”, afirma. Ainda conforme Barp, a tendência é que nos próximos cinco anos os postos migrem para o serviço de “self-service”, onde o consumidor que abastece o próprio combustível, para a redução de custos.

Medidas valem a partir de 1º de fevereiro

Entre as demais medidas do governo está à reversão da desoneração do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que volta a ser de 3% para pessoas físicas, elevação da alíquota de Pis/Cofins de 9,25% para 11,75% sobre a importação e o decreto que equipara o atacadista ao industrial para o efeito de incidência no Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) no setor de cosméticos.

Com informações do Portal Clicatribuna