Esporte

Criciumense é a primeira representante do Surf Adaptado Feminino de Santa Catarina

Aprender a surfar era um sonho de infância da paratleta Mary Cardoso, mas, por causa de uma deficiência física congênita, o desejo de "pegar ondas" só foi realizado aos 25 anos de idade.

Natural de Criciúma, Mary nasceu com pseodartrose e neurofibromatose congênitas. Desde pequena precisou passar por 12 procedimentos cirúrgicos, inclusive realizar um transplante de osso em que a fíbula da perna direita foi colocada no lugar da tíbia da perna esquerda, e muitas sessões de fisioterapias.

Com 19 anos, o tratamento foi estabilizado e os procedimentos simplificados. Aos poucos, tudo a direcionava para uma vida normal. Alguns meses depois, no entanto, foi necessário ter forças para mais um desafio: um câncer. O tumor estava localizado na mesma perna com deficiência. Com dois procedimentos cirúrgicos, ficou curada.

Estes tantos obstáculos não impediram Mary de ter uma vida ativa. Desde nova, sempre gostou de esportes e, aos 20 anos, começou a praticar atletismo e handebol em cadeiras de rodas, ficando entre as melhores do Brasil no lançamento de disco desde 2012 e tornando-se tricampeã brasileira de handebol em cadeira e rodas.

Agora o surf adaptado

O primeiro contato com o surf foi nas aulas com o professor Danilo Boss, do Balneário Rincão. No começo deste ano, o amigo Paulo Ricardo, das competições de atletismo, apresentou o surf adaptado. Na mesma época, o grupo de surf feminino BellaSurfSc acolheu a futura surfista e incentivou a começar na modalidade e representar o surf adaptado feminino nas competições da região.

Desde então, a criciumense vem evoluindo no esporte, ganhando cada vez mais espaço na modalidade e mostrando que meninas também surfam. Mary é a primeira personagem do projeto Vem Surfar, que apresenta a história da paratleta e convida novos adeptos.

Confira neste link.

Com informações de Cláudio Toldo

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