Mais autonomia profissional e renda estão garantidas para 19 mulheres criciumenses que moram em áreas de vulnerabilidade social e que participaram do curso de capacitação de confecção de lingeries. Depois de dois meses, as aulas chegaram ao seu fim e o Governo Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social, formará as novas profissionais nesta quinta-feira (17). O ato solene ocorrerá no Salão Ouro Negro, no Paço Municipal Marcos Rovaris, a partir das 19h.
De acordo com a coordenadora do programa Acessuas Trabalho, Chelbia Pavei, o curso foi realizado em convênio com o Centro Social Urbano, tanto no período vespertino quanto noturno. A capacitação atendeu as alunas duas vezes na semana durante quatro horas. “Muitas não sabiam nem colocar a linha na agulha e tinham até medo da máquina. A grande maioria não tinha experiência. Então, passamos segurança e ensinamento com dinâmicas de motivação e toda a questão de potencialidade, além, claro, da técnica de lingerie”, afirma.
As formandas aprenderam a fazer todo tipo de peça, confeccionando calcinhas, sutiãs, cuecas box e também linha infantil. “O Acessuas Trabalho forneceu toda a matéria prima para a confecção de lingeries, assim como a professora que ministrou o curso, vale transporte e também alimentação”, completa. A coordenadora afirma que todas as alunas atualmente conseguem conquistar sua renda por meio daquilo que aprenderam com o curso.
Dona de casa e mãe de quatro filhos, Mariléia Viquetti é uma das formandas. Para ela, o curso foi uma oportunidade de produzir em seu próprio lar algo que lhe oferece uma renda, já que ainda não está inserida no mercado de trabalho. “No momento estou confeccionando em casa e já vendi algumas peças para amigas. Para mim o curso foi ótimo, foi um aprendizado muito grande. A professora também foi muito boa, paciente e explicava tudo muito bem e eu até gostaria que tivessem outros cursos”, avalia Mariléia.
Chelbia afirma que futuramente outras capacitações, fornecidas por meio de convênios, já estão previstas tanto no ramo de lingerie quanto de informática e manicure. A Secretária Municipal de Assistência Social, Solange Barp,ressalta a mudança que o curso traz para a vida dessas alunas. “São 19 pessoas que deixam de depender dos outros, conseguindo assim seu próprio sustento. Isso é muito gratificante, pois é um processo de convencê-las a fazer e depois concluir o curso. É todo um conjunto de coisas que mudam a realidade dessas famílias, através do momento em que a mulher consegue ter sua subsistência”, frisa.
Oportunidades no mercado de trabalho
Muitas das novas profissionais conseguiram empregos em uma fábrica e outras, por não quererem deixar o lar por conta da família, produzem de forma autônoma. “Fui atrás de empresas parceiras para encaminhá-las para o mercado de trabalho. Uma indústria abriu espaço para elas e as que conseguiram se encaixar estão trabalhando. As outras estão produzindo em casa para fazer a venda e já compraram sua própria máquina”, ressalta Chelbia
Conforme a coordenadora, o ramo de produção de lingerie necessita de muita mão-de-obra, que está difícil de encontrar. “Se tivesse 40 mulheres que se encaixassem, todas seriam contratadas. Isso porque muitas trabalhadoras chegam lá sem experiência e as que encaminhamos já estão preparadas”, avalia.
Colaboração: Denise Possebon/Diretoria Executiva de Comunicação
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