Política

Defesa de Dóia apresenta recurso no TRE e aguarda julgamento

Dóia Guglielmi (Foto: Divulgação)

Dóia Guglielmi (Foto: Divulgação)

Poderá ser julgado ainda nesta semana o caso da urna eletrônica que apresentou problemas durante as eleições do último domingo, em Içara. Uma placa de registro do equipamento da escola Tranquilo Pissete da seção de número 458 começou a apresentar defeito a partir das 15 horas.

Conforme reportagem do site Engeplus, a não computação dos 287 votos perdidos da urna pode ter comprometido à reeileição do candidato ao cargo de deputado estadual, Dóia Guglielmi. Após a constatação do problema, os votos passaram a ser computados em cédulas de papel. Foram 43 votos manuais no total. Faltaram 37 votos para que o político se elegesse, tendo em vista o município como o principal reduto eleitoral do candidato.

Segundo o advogado do político, que cuida do processo em Florianópolis, Carlos Antônio Fernandes de Oliveira, as razões do recurso foram apresentadas nesta terça-feira no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Havia um prazo de 48 horas para o recurso e apresentamos o documento hoje. Todas as razões serão examinadas pelo Ministério Público Eleitoral, que vai emitir um parecer e, posteriomente, será julgado pelo juízes do TRE, no tribunal”, explica.

O ducumento ressalta que os votos não processados podem mudar o quadro das eleições. “Estamos pedindo uma perícia para ver se há como recuperar os 287 votos não lidos. Caso não seja possível, vamos pedir anulação da votação daquela urna. É importante frisar que queremos que os votos sejam recuperados, pois o eleitor também quer seu direito de cidadania garantido”, frisa.

Segundo Oliveira, não há uma data para que o caso seja julgado, no entanto, não deve demorar muito. “A matéria exige urgênia, então acredito que não demore. A Justiça Eleitoral tem sido rápida nestes julgamentos”, comenta. Ainda de acordo com o advogado, caso a decisão seja negativa, a defesa irá apresentar outro recurso. “Se precisar vamos até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, adianta.

Em Santa Catarina, conforme o magistrado, o caso é inédito. “Não tenho conhecimento de que em outra cidade esta mesma situação tenha ocorrido, por isso, existe uma cautela da Justiça Eleitoral neste caso”, frisa. Se houver outra eleição na urna todos os eleitores daquela seção terão que comparecer e votar nos cinco candidatos novamente (deputado estadual e federal, senador, governador e presidente).