Segurança

Delegados expõem no Legislativo situação do Presídio Regional de Araranguá

Foto: Vanessa Irizaga

Foto: Vanessa Irizaga

Na sessão dessa segunda-feira, a segurança voltou à pauta do Legislativo araranguaense. O delegado Regional Luiz Vanderlei Sala, o delegado de polícia de Araranguá, Jorge Giraldi, o delegado de Santa Rosa do Sul, Ari José Riva, e o delegado Jair Pereira Duarte, responsável pelas delegacias da Mulher de Araranguá e Delegacia de Maracajá expuseram a preocupação com a situação do Presídio Regional e da situação de trabalho enfrentada pelos agentes de polícia na região.

Giraldi destacou que com a interdição total do Presídio (que hoje apresenta uma população carcerária de 450 presos, sendo que possui a capacidade para 128 detentos), a Polícia desloca os presos para outras cidades, como Tubarão, mas esta, por exemplo, também já estava quase superlotada e acabou sendo interditada. “Os policiais estão fazendo o papel de carcereiros”, alertou o delegado que apontou a carência de profissionais e investimentos na área na região, além da preocupação com o encaminhamento dos presos.

Sala também se manifestou na tribuna. “O nosso papel é investigar, agir, e o papel do Deap, o Departamento de Administração Prisional, é encaminhar os presos”, ressaltou o delegado que frisou: “Se não houver pressão das autoridades, ficaremos esquecidos”, salientou Sala.

O Presidente da Câmara Municipal, Ozair da Silva, o Banha (PT), apresentou uma proposta, que foi composta a partir de sugestões dos presentes, para que as preocupações dos delegados sejam levadas ao Estado. “Pretendemos fazer uma audiência com o Governador Raimundo Colombo, reunir os Presidentes das Câmaras Municipais dos 15 municípios, mais os legisladores de Araranguá, para que participem dessa reunião”, ressaltou Banha que apresentou dois pontos que precisam ser discutidos por toda a sociedade. “O problema da segurança ocorre em duas linhas: é necessário que haja concurso público para aumentar o efetivo, e a estrutura física”, salientou Banha. Assim que a audiência for marcada, os delegados serão comunicados.

Sobre o Presídio

O local estava interditado parcialmente desde o ano passado pela superlotação e problemas estruturais. Como o prazo para o PRA cumprir as medidas expirou, em julho, a Justiça realizou a interdição, por meio da decisão do juiz Luís Felipe Canever. Agora foi o Presídio de Tubarão que foi parcialmente interditado, em outubro, pela 2ª Vara Criminal de Tubarão, atendendo a um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O local com capacidade para 372 presos apresenta hoje uma população carcerária de 611 presos. 

Colaboração: Vanessa Irizaga