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Deputados criticam proposta do governo de unificação do Samu

Foto: Miriam Zomer/Agência AL

Foto: Miriam Zomer/Agência AL

A audiência pública para discutir a proposta do governo de Santa Catarina de unificar as oito centrais reguladoras do Serviço Móvel de Urgência (Samu) em uma única estrutura, em Florianópolis, ocorreu ontem na Assembleia Legislativa. Os deputados membros da comissão de saúde debateram com os profissionais do setor e o Ministério Público estadual durante três horas. A comissão criticou a proposta e o contrato de administração do estado, além de apontar a precarização dos serviços e pedir, por meio de ofício, a manutenção das centrais.

A proposta do governo é reduzir 170 funcionários na regulação (atendimento no 192) para economizar R$ 16 milhões ao ano, cerca de R$ 1,3 milhão ao mês. A centralização do atendimento, segundo o governo, eliminaria as despesas com manutenção das oito centrais (aluguel, água e energia elétrica) e é apenas uma das medidas para reduzir o custo do Samu em 20%, meta estabelecida pela secretaria de saúde do estado.

As principais críticas dos profissionais do Samu e técnicos de saúde são em relação aos procedimentos. O especialista na área, servidor da secretaria estadual de saúde e um dos responsáveis pela implantação do Samu no estado, Cezar Mitscke, disse que a proposta do governo vai aumentar o tempo de resposta para o atendimento, congestionar as linhas telefônicas e fragilizar o sistema. “É preciso conhecimento territorial para dar a resposta adequada no atendimento. Sem isso, haverá aumento do tempo num setor em que um segundo salva uma vida”, defendeu.

A presidente da Comissão de Saúde, deputada Ana Paula Lima (PT), pediu a reconsideração do governo e fez um paralelo às secretaria de desenvolvimento regional (SDRs). “Por que a centralização vale para o Samu e não para as SDRs? Por que não reduzir os custos das secretarias?”.

Com informações do Jornal Notisul