Geral

Dia de Finados: grande movimentação é esperada

Foto: Diário do Sul

Foto: Diário do Sul

Neste domingo, para muitas famílias, ocorre um momento de se recordar e demostrar de formas diferentes o afeto por pessoas queridas que já faleceram. No Dia de Finados, é aguardada grande movimentação nos cemitérios da região, que devem receber centenas de pessoas para prestar homenagem aos entes queridos. 

“As lembranças e o afeto nunca nos abandonam, mas para mim é importante ir até o cemitério prestar homenagem, levar flores. É uma forma de agradecimento por tudo que a pessoa representa na nossa vida”, diz Amélia Silva, que costuma visitar todos os anos o túmulo da mãe. 

Durante esta semana foi feita a preparação e a limpeza de túmulos, jazigos e capelas para a data que lembra os finados. Na sexta-feira já havia grande movimentação nos cemitério públicos da região, onde muitas pessoas já faziam visitas e limpavam e enfeitavam os túmulos. 

“Optei por vir antes porque no domingo o movimento é muito grande. Dessa forma, presto a minha homenagem com mais tranquilidade. Procuro antecipar a visita todos os anos”, conta Amélia. 

O Dia de Finados é celebrado em 2 de novembro desde o século XIII e foi instituído nesta data porque no dia 1º de novembro é a festa de Todos os Santos, que comemora todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados.

Homenagens também são realizadas nos casos de cremação

O simbolismo de visitar o cemitério ainda é forte para muitas famílias. No caso da opção pela cremação, porém, embora não haja sepultamento, as pessoas não deixam de recordar e homenagear aqueles que já partiram, no Dia de Finados. 

A professora Amaline Mussi percebe que os procedimentos pós-morte concretizam-se de diferentes formas, sempre condicionados ao contexto cultural e de fé, assim como os rituais do sepultamento.  

“As informações que vamos acessando a respeito deles são de efeito periférico, entretanto. O componente emocional não constitui pressuposto, até que nos tornamos emoção viva ante o conhecido/desconhecido”, analisa Amaline. 

Em junho, a professora passou pela dor da morte de seu filho, Megalvio Mussi Júnior, de 50 anos. O advogado lutava contra um câncer desde o fim do ano passado. “Meu filho, Megalvio Júnior, fez opção pela cremação em suas disposições finais e traçou um roteiro para a deposição de suas cinzas”, conta.

Coforme matéria do Diário do Sul, Amaline salienta que teve o pensamento de que vai encontrar o filho a cada hora. Após os rituais de cremação, ela conheceu a Sala de Memórias em um Crematório, onde, no chamado lóculo, ficam depositadas as cinzas do morto em urna oferecida em diferentes estilos e materiais, mais objetos que evoquem sua história, suas preferências, fotos e outras lembranças.

“Essencialmente diferente do sepultamento e seus tantos palmos, naquela Sala de Memórias nada se encobre obrigatoriamente. O reencontro no dia dedicado aos mortos não é diferente do que eu conhecia, se a opção foi pela cremação. O reencontro ritual, quero dizer, da visita, da homenagem ao morto, ocorre do mesmo modo. Esteja ele em extensões levemente referidas, ou em local de acesso definido ou restrito”, sublinha.