Reflexão

Dia do Filho Pródigo: um olhar voltado aos “invisíveis”

Ação realizada pela Pastoral da Rua, da Paróquia São José, foi voltada a acolher as pessoas que vivem em situação de rua.

Dia do Filho Pródigo um olhar voltado aos “invisíveis”

Foto: Suelen Bongiolo/DN

Ao andar por Criciúma, não é difícil encontrar pessoas que transformaram as ruas da cidade em moradia. São homens e mulheres que, por um motivo ou outro, deixaram o convívio familiar e seguiram a vida sem um lugar fixo para morar, tornando-se invisíveis para a sociedade.

Foi para levar mais dignidade a essas pessoas e acolhê-las que a Pastoral de Rua da Paróquia São José, do Centro, promoveu, nesse sábado (8), o “Dia do Filho Pródigo”. A atividade envolveu voluntários, que proporcionaram cuidados de higiene, beleza e saúde, assim como em assistência social e psicológica a esses moradores de rua.

Esse encontro foi o primeiro realizado pela pastoral, que foi criada há aproximadamente um ano. “O que nós estamos fazendo hoje é a partir da nossa fé. É uma ação social movida pela fé que nós temos em Cristo e por saber que esses irmãos menos favorecidos são os prediletos do Senhor. Por isso, quando nós pensamos nesse encontro, pensamos em fazê-lo com toda a dignidade”, explica o pároco da Paróquia São José, padre Antônio da Silva Miguel Júnior, que foi quem teve a ideia de instituir a pastoral.

Apesar de estar alinhado aos preceitos de Papa Francisco, o encontro não coloca a religião em primeiro lugar. De acordo com o pároco, o fundamental é a acolhida desses irmãos – forma como os voluntários tratam os moradores de rua – como pessoas. “Nosso objetivo primeiro é fazer com que eles se sintam dignos. Tanto é que nós não sabemos se eles têm religião, se não têm, se acreditam em Deus. Isso para nós está em segundo plano; em primeiro está que eles se sintam dignos”, destaca.

Anjos de Deus

Uma dessas pessoas acolhidas pelo trabalho da pastoral vive nas ruas de Criciúma e Tubarão há aproximadamente um ano. Natural do Paraná, ela veio para a região após ficar viúva e perder tudo o que possuía. Devido a problemas com familiares, a rua se tornou a nova casa. Nesse ambiente, os voluntários se tornaram figuram importantes no dia a dia. “Esse pessoal, para nós, é anjo de Deus. Quando eles vêm nos acordar a noite, oferecendo um café quente, uma sopa quente, são verdadeiros anjos da madrugada”, comenta.

Sobre a Pastoral de Rua

A Pastoral de Rua da Paróquia São José é a única do gênero na Diocese de Criciúma. Ela promove ações todas as quartas-feiras, por meio de cinco voluntários que fazem parte da Aliança da Misericórdia. O sonho do grupo é de, um dia, ter uma casa para acolher as pessoas em situação de rua, aprofundando o trabalho que já é realizado.

Com informações do Portal DN Sul

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