Saúde

Dia Mundial da Conscientização do Autismo é comemorado neste dia 2 de abril

Divulgação

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Neste dia 2 de abril, você pode contribuir saindo de casa com uma roupa azul, em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day). O azul foi definido como a cor do transtorno autista porque é mais comum em meninos. Em Laguna, o Departamento de Inclusão Social, da Secretaria de Educação, Escola Solar da Ternura (Apae), professores, pais e crianças autistas irão realizar uma caminhada saindo da igreja Santo Antônio dos Anjos passando pelo centro histórico, a partir das 10h. 

A ação, criada em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU), chama a atenção para a importância de conhecer e tratar o transtorno que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, segundo dados da própria organização. Na rede pública de ensino de Laguna são atendidas 10 crianças diagnosticadas com o transtorno. "Nosso objetivo é que o autismo seja reconhecido e respeitado por todos", explica a psicopedagoga do departamento de Inclusão Social, Alexandra Fraga Izidoro Carneiro.

Diagnóstico 

Uma das primeiras inquietudes dos pais é o diagnóstico. Descobrir o que o filho tem e os motivos do comportamento, aparentemente estranho torna-se uma luta. Nestes momentos, a escola é uma das primeiras e apresentar que algo está diferente com determinada criança. A equipe da Secretaria de Educação é acionada. Uma avaliação e triagem são necessárias para o início do diagnóstico. 

Não são raros os casos que uma dislexia, ou hiperatividade são confundidos com síndromes e transtornos de comportamento. 

Autismo

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:

* Inabilidade para interagir socialmente;

* Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;

* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.

Sintomas

O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;

3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.

Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.

Clínico

O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Tratamento

Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.

Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.

Recomendações

* Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;

* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;

* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;

* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.

Colaboração: Secretaria de Comunicação/Governo de Laguna