Órgão de infraestrutura federal afirmou que prazo será cumprido, com a entrega até o dia 5 do último mês do ano
As duas partes estruturais mais complexas da obra da quarta pista no trecho da BR-101 no Morro dos Cavalos, em Palhoça, já estão concluídas: a pavimentação das novas pistas laterais e a mureta central que passa a dividir as pistas. As informações foram repassadas pela assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A obra está 80% concluída com o andamento atual. Faltam apenas a colocação de algumas defensas metálicas, da infraestrutura de parte dos acessos a bairros e localidades localizados próximos da rodovia e a colocação da sinalização vertical.
O ritmo atual permitirá, garante o DNIT, que as obras sejam entregues dentro do cronograma inicial, com término previsto para o dia 5 de dezembro. Se a meta for cumprida, a obra terá sido construída em 6 meses, já que a assinatura do contrato ocorreu no dia 6 de junho deste ano.
A quarta pista é uma alternativa temporária à construção de dois túneis de aproximadamente três quilômetros de extensão para cruzar uma área demarcada como território indígena. Essa é a última obra ainda sem licitação para a concluir a duplicação da rodovia federal.
A travessia do Morro dos Cavalos é um dos gargalos de congestionamento da BR-101, ao lado da Ponte de Laguna. São os dois trechos em que o tráfego da principal rodovia catarinense ainda é em apenas uma pista.
— A obra é boa, mas não soluciona de vez o problema. Congestionamentos vão continuar acontecendo em caso de acidentes porque não terá acostamento — explica o inspetor Luiz Graziano, da Polícia Rodoviária Federal em entrevista ao site Diário Catarinense.
A PRF destaca que é uma solução paliativa para um problema já de anos, mas que vai impactar positivamente para a temporada de verão. Durante o período, há muita movimentação em ambos os sentidos para acessar as praias da Grande Florianópolis.
A proposta da construção dessa quarta pista foi levantada pelo DNIT em agosto do ano passado. Mas o órgão, o Ministério Público Federal e a Funai discordavam em diversos pontos da iniciativa. Para o MPF, era necessário condicionar os trabalhos a compensações aos indígenas, além da licença da nova pista, provisória, estar condicionada ao andamento da obra dos túneis, a solução permanente para a BR-101 na região.
O Ministério da Justiça teve que intervir em uma mediação dos interesses e a obra foi autorizada em março pelo DNIT, em abril pela Funai e começou em junho. A licitação dos dois túneis estava prevista para julho naquele momento, agora também é esperada para dezembro desse ano.
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