Saúde

Dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho

Fotos: Caroline Bortot

Fotos: Caroline Bortot

Você já sofreu de dores nas costas? Se a resposta foi não pode comemorar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população mundial será vítima do problema pelo menos uma vez na vida. No Brasil, doenças relacionadas à coluna vertebral são as que mais afastam trabalhadores de suas funções. Elas também são a segunda maior causa de aposentadoria por invalidez, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Conforme o fisioterapeuta André Matos de Almeida, da Clínica Levittá, em Criciúma, especializada em reabilitação vertebral, dores lombares, decorrentes, principalmente, de hérnias de disco, são as mais comuns entre os trabalhadores. “As hérnias de disco afetam homens e mulheres no período mais produtivo de suas carreiras, entre 30 e 55 anos. São causadas, na maioria dos casos, por má postura, posições incorretas no ambiente de trabalho, nos afazeres domésticos, fatores genéticos, estresse, excesso de peso, mas, acima de tudo, pelo sedentarismo”, explica o profissional, membro da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna).

Movimentos repetitivos, uso excessivo de força ou tempo demais sentado em frente ao computador são as principais queixas dos trabalhadores que buscam ajuda na clínica. A maior parte deles só procura tratamento em casos extremos, quando a coluna trava e impede a realização de tarefas simples do dia a dia, como levantar da cama ou calçar os sapatos. “Muitas pessoas aprendem a conviver com a dor, mas isso só agrava o problema. Outras têm medo de enfrentar uma cirurgia, mas menos de 5% dos casos de hérnia de disco, por exemplo, vão necessitar desse método invasivo. O tratamento fisioterápico é um grande aliado”, recomenda.

Tratamento moderno e revolucionário

O profissional recomenda um método de tratamento novo na região, que alia técnicas manuais de fisioterapia ao uso de modernos equipamentos. O chamado Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral (RMA) foi desenvolvido pelo Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC), que possui três franquias em SC, entre elas a Clínica Levittá no Sul. O RMA utiliza seis etapas de tratamento: avaliação; fisioterapia manual; mesa da tração eletrônica e mesa de flexão-descompressão – equipamentos desenvolvidos por cientistas americanos e grandes fabricantes de equipamentos terapêuticos – estabilização vertebral e musculação ou Pilates, para a manutenção dos resultados.

Claudete Farias de Martins, de 42 anos, moradora de Laguna, foi submetida ao tratamento no começo do ano. Chegou à clínica sem poder caminhar sozinha. Quase três meses depois, havia recuperado a qualidade de vida. “Por conta de uma hérnia de disco em estágio avançado, perdi a força e a sensibilidade nas pernas. Passei por mais de cinco tipos de tratamentos diferentes, mas só o RMA trouxe o resultado esperado”, comemora.

O tratamento pode ter de três a 26 sessões, com uma hora de duração. De acordo com o fisioterapeuta, os resultados com o método são positivos em mais de 90% dos casos.

Colaboração: Caroline Bortot