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Dunas invadem ruas e casas na Zona Sul do Balneário Rincão

Autoridades do município discutem a retirada legal da areia junto a Fatma

O cenário chega a ser assustador. Dezenas de residências e pelo menos duas ruas da Zona Sul do Balneário Rincão estão sendo "engolidas" pelas dunas que avançam sobre a área urbana por conta da ação do vento.

Essa realidade existe há mais de três anos na região mais extrema da Zona Sul, um pouco antes da plataforma de pesca. Em algumas casas o acúmulo de areia formou dunas de mais de três metros de altura, fazendo desaparecer muros e portões e dificultando o acesso dos moradores.

Uma das ruas que está soterrada por toneladas de areia é a Clésio Búrigo, lajotada há três anos, mas alguns moradores pouco aproveitaram a benfeitoria.

"Pagamos R$ 1,3 mil pelas lajotas, mas pouco depois as dunas se acumularam e a rua sumiu", comentou a dona de casa Márcia Teixeira da Silva, que recebe eventuais visitas pelos fundos do terreno, já que pela frente é impossível por causa do monte de areia quase da altura da casa.

Em frente a residência do aposentado Loreci José Vieira a situação é menos complicada por um motivo simples: ele mesmo providenciou a remoção das dunas.

"Gastei muito dinheiro, mas dei um jeito por conta própria", conta o aposentado.

Em algumas casas não poder chegar de carro até a garagem no fim das contas virou um problema secundário. O complicado mesmo, segundo alguns moradores, é areia que entra nos imóveis em dias de vento forte. Não há porta ou janela bem fechada que impeçam a entrada do pó.

Conforme matéria da Rádio Som Maior News, alguns proprietários de imóveis dizem ter recebido da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) uma autorização para remoção da areia e que esperam pela ação da prefeitura. O prefeito de Balneário Rincão, Décio Góes, informou que o município já protocolou um projeto para retirada da areia.

"Estamos esperando que a Fatma nos permita fazer isso, sem autorização deles não é possível. Mas assim mesmo esse projeto é complicado, pois é muito caro e nos falta estrutura para trabalhar. Talvez demore o verão inteiro para amenizar a situação em áreas mais críticas", disse Décio, que também se diz bastante incomodado com o problema que gera reclamações há quase uma década.

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