Educação

Ediunesc lança três livros no segundo dia do Congresso Ibero-Americano

Foto: Samira Pereira

Foto: Samira Pereira

Após meses de preparação, três novos livros foram lançados na noite de ontem (11) pela Ediunesc (Editora e Livraria da Unesc). Como parte da programação do Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação, os títulos prestigiam diferentes áreas do conhecimento, dando visibilidade aos autores da região e de outros países.

Conforme o reitor da Universidade, Gildo Volpato, este é um momento especial para a instituição. “É muito importante discutir assuntos como estes, principalmente em eventos como o Congresso. Até porque aqui reunimos diversas competências e conhecimentos, por meio dos mais de mil inscritos”, pontua.

O autor do livro “E por falar em Educação… Ensino, Formação e Gestão”, Antônio Serafim Pereira, explicou que a obra lançada reúne dez dos seus trabalhos escritos e publicados na última década. “Os grandes impulsionadores desta conquista foram o diálogo com a Universidade e o aprendizado na sala de aula. Que este livro seja inspirador para os leitores e, ainda mais, para mim, na busca incessante pelo conhecimento”, comenta.

Outra novidade apresentada durante o evento foi o E-book “Diálogos de professor de Ciências”, que tem como organizadores Lucas Dominguini e Paulo Frota (in memorian). “O Paulo iniciou este projeto em 2011 e, infelizmente, em meados do ano passado nos deixou. Demos continuidade ao trabalho e hoje o apresentamos”, comenta, ao lembrar que o e-book tem 12 textos e 19 autores. “O Paulo queria fazer um livro que pudesse ser distribuído a qualquer momento e para qualquer pessoa. Por isso surgiu a ideia de disponibilizá-lo na internet. Aqui juntamos material sobre Ciências Naturais, Psicologia da Educação, meio ambiente, uso de softwares, enfim, informações diversas dentro de diferentes áreas”, conta o autor.

Também presente no evento e lançando o livro “Estratégias de qualificação do ensino e o assessoramento pedagógico: reconhecendo experiências em Universidades Ibero-Americanas”, estavam as organizadoras Maria Isabel da Cunha e Elisa Lucarelli. O livro possui textos de vários autores. Dentre eles está o reitor da Unesc, Gildo Volpato, que assina um dos artigos. Conforme Maria Isabel, não foi intenção das autoras propor novos modelos de ensino, mas sim compreender os diferentes formatos adotados em outros países. “Na Argentina, por exemplo, a assessoria pedagógica está muito à frente do Brasil, já que o país enfrentou a democratização do aceso às universidade antes que nós, provocando a necessidade de tornar o ensino universitário um objeto de estudo”, explica a autora, complementando que “experiência não se transfere, mas quando conhecemos a experiência do outro, aprendemos com ela”, explana.

Hoje (12), a partir das 17h30min, serão lançados outros três livros na instituição. Os professores da Unesc Angela Back, Carlos Schlickmann e Richarles Souza de Carvalho apresentam o “Língua e Ensino: Práticas de linguagem possíveis e reais”. Os professores Alex Sander da Silva, Ilton Benoni da Silva e Vidalcir Ortigara lançam “Educação, pesquisa e produção do conhecimento: abordagens contemporâneas” e, por fim, os docentes da Universidade, Carlos Renato Carola, Giani Rabelo e Angela Back apresentam o “Educação, linguagem e memória: um livro e muitas histórias”.

Imaginário social é tema de palestra

A segunda noite (11) do Congresso Ibero-Americano foi encerrada com um ciclo de palestras e mesas-redondas voltadas a diversas áreas do conhecimento. Entre as atividades destacava-se a palestra “Mídia e Cultura: Perspectivas sobre o Imaginário Social”, ministrada pela professora doutora Heloísa Juncklaus Preis Morais. Durante o evento ela enfatizou o imaginário popular e como ele está presente na vida em sociedade, mesmo que passando despercebido.

A professora explicou que a cultura está ligada ao imaginário popular, mexendo com a emoção e com a visão de mundo. “Muitas vezes somos contaminados por alguns imaginários, como o de vestir verde e amarelo durante a Copa do Mundo, por exemplo”, destaca Heloísa, explicando ainda que todo imaginário é real, fugindo do falso ou da ficção.

No mundo online, das redes sociais, ela chama atenção para os recortes da vida, onde o mundo parece perfeito segundo as postagens dos usuários, e para a qualidade dos conteúdos disseminados na rede. “Esses recortes também são os mesmos feitos pela mídia, quando pegam fatos isolados para expor. E, talvez, não pensamos muito sobre isso, assim como o que curtimos ou compartilhamos, publicando mais pela atração estética do que pela importância do conteúdo”, explica.

Hoje (12) à noite, o Congresso conta com a participação da presidente da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Helena Costa Lopes de Freitas, a partir das 19h30min, no Auditório Ruy Hülse.

Minicursos, oficinas e Grupos de Trabalho fazem parte da programação

Entre as atividades realizadas durante o Congresso Ibero-Americano destacam-se os Grupos de Trabalho, oficinas e minicursos. Abordando diferentes temas, os encontros reúnem professores e estudantes do Brasil em torno de um único objetivo: adquirir mais conhecimento e, assim, trocar experiências. 

O paulista José Euzebio Oliveira Souza Aragão, professor de Sociologia da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) foi um dos que participou do minicurso “O cinema como recurso formativo para crianças da educação infantil e anos/séries iniciais”, ministrado pela professora de Pedagogia, Gislene Camargo.

Durante o encontro, foram discutidos quais filmes devem ser oferecidos na escola, como fazer a escolha e montar o acervo, de que forma os longas e curtas metragens podem contribuir como recurso informativo, entre outras questões. “A criança já tem a sua história quando vem de casa, e muitas vezes chega à escola dizendo que não gosta de filmes e que não vai ao cinema, justamente por isso não fazer parte de sua realidade”, pontua Gislene. “O nosso dever é ampliar o seu repertório. Temos que evitar as coisas que não são tão boas e trazer algo novo e que agregue conhecimento”, completa Aragão.

Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação