Geral

Em trio elétrico, agrônomos e veterinários farão protesto em Criciúma

Profissionais da Cidasc e da Epagri estarão unidos pelo plano de cargos e salários

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Após deliberarem em assembleia no último dia 17 de setembro, 200 engenheiros agrônomos e médicos veterinários empregados pela Cidasc e pela Epagri, representando os 350 médicos veterinários e 650 engenheiros agrônomos destas empresas, decidiram parar suas atividades nesta segunda-feira. Os trabalhos ficarão comprometidos em barreiras sanitárias, aduanas secas, portos, estações de pesquisas e nos escritórios que emitem guias e permissão de transporte animal e vegetal, bem como o atendimento aos agricultores em todo o Estado.

Inicialmente, será uma paralização de um dia com novas assembleias já agendadas para terça-feira, dia 30, onde será avaliado o movimento e novas providências. A decisão foi anunciada aos presidentes Luiz Ademir Hessmann (Epagri) e Enori Barbieri (Cidasc) e ao Secretário da Agricultura, Airton Spies.

No Sul do Estado, as cidades de Tubarão e Araranguá irão se juntar ao município de Criciúma em protesto. Por volta das 8h30min sairá da frente da Epagri e da Cidasc, no bairro Comerciário, um trio elétrico com faixas, que vai percorrer as ruas centrais da cidade. Com uma camisa escrita “Em Luto” aproximadamente 40 agrônomos e médicos veterinários vão se reunir na manifestação. Por volta do meio-dia, a categoria estará na frente da Catedral São José fazendo uma panfletagem.

A medida ocorre pela falta de propostas do Governo do Estado no avanço das negociações do acordo coletivo de maio deste ano. Segundo os profissionais, falta um plano de cargos e salários, que contemple a carreira pela conivência dos administradores pelo desmonte já caracterizado com a não reposição dos engenheiros agrônomos e médicos veterinários que tem saído das empresas. Com isso, ocorrerá em um curto período de tempo um apagão tecnológico e sanitário.

Segundo o site Engeplus, através de uma ação movida pelo Sindicato dos Engenheiros Agrônomos (Seagro) contra a Epagri, pelo descumprimento do acordo coletivo de 2012/13, o juiz da 5ª Vara do Trabalho, João Carlos Trois Scalco, determinou um prazo de 60 dias para que a empresa apresente a revisão do plano de cargos e salários, contemplando cargos e carreiras específicas por área de atuação, acompanhada da estimativa de impacto financeiro, sob pena de uma multa diária de R$ 20 mil.

Segundo Vlademir Gazoni, presidente do Seagro, o Governo do Estado continua não aceitando assumir compromisso formal de iniciar a implantação do novo plano de cargos e salários em 2015. “Nossa luta vai além, estamos lutando contra o desmonte da agricultura catarinense e exigindo do governo mais seriedade nas políticas públicas e no apoio do agricultor”, frisa.