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Empresa de saneamento estuda solução para rio poluído por mineradora

Foto: Antonio da Luz/Sul in Foco

Foto: Antonio da Luz/Sul in Foco

O acidente ambiental ocorrido nessa terça-feira, em Lauro Müller, está sendo monitorando pela empresa Tubarão Saneamento. A Concessionária está monitorando o trecho e simulando a forma de tratar a água de coloração alterada, de acordo com as suas características físicas, químicas e bacteriológicas, para encontrar a solução do problema. Após estes procedimentos, a empresa poderá identificar os limites de tratamento desta água e as medidas adequadas quanto ao sistema de distribuição.

Como há possibilidade de suspensão temporária no fornecimento de água tratada, a Tubarão Saneamento solicita à população que utilize a água de forma consciente, evitando desperdícios, até que a situação seja normalizada. Medidas paliativas, como fornecimento de água às clínicas de hemodiálises e hospitais, estão disponíveis pela Concessionária, caso necessário. A população pode entrar em contato pelos telefones 0800 648 9596 ou (48) 3052-7400.

Entenda o caso – Uma grande quantidade de material, denominado de finos de carvão vazou para o rio, na última terça-feira, devido ao transbordamento de uma bacia da empresa mineradora de carvão Carbonífera Catarinense, que fica localizada na comunidade de Rocinha de Baixo. A direção da empresa alega que o acidente ocorreu por causa de problemas mecânicos em duas bombas que ficavam em uma bacia com água limpa.

“Essas bombas pararam de funcionar por volta das 22 horas de terça. Imediatamente a equipe técnica responsável resolveu o problema e conteve o vazamento. O trabalho durou cerca de duas horas e nesse intervalo aconteceu o transbordo de água da bacia, que acabou arrastando substâncias poluentes de outra bacia desativada. Boa parte da água e do lodo ficaram retidos na bacia de contenção de emergência, parte foi parar no rio”, explicou a diretora da empresa Astrid Barato.

Ainda segundo a direção da Carbonífera, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) esteve na empresa verificando o ocorrido e fazendo a autuação. A mineradora investiga o que pode ter provocado a falha nas bombas e já informou os órgãos oficiais de fiscalização e proteção ambiental sobre o ocorrido.

O cabo Marcos Antônio Navarro Monteiro, da Polícia Ambiental de Laguna, em entrevista ao Diário Catarinense, aponta que a empresa foi autuada e que o setor que causou o vazamento foi embargado até que se faça a manutenção. De acordo com o cabo, a empresa está com as licenças ambientais em dia.

Segundo Monteiro, ainda não foi possível precisar os danos causados pelo vazamento na fauna e na flora do local, mas já foram colhidas amostras e um monitoramento está sendo feito. O laudo, segundo o policial, fica pronto em uma semana. Os Ministérios Público Federal e Estadual devem investigar o caso. 

Com informações de Vanessa Mendes/Plantão Assessoria