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Encontro orienta empresários sobre a gestão pública da água

Foto: Eliana Maccari

Foto: Eliana Maccari

“Tudo o que fazemos tem consequências globais e o que ocorre no mundo afeta a nossa vida. Por isso os Comitês de Bacias Hidrográficas são instrumentos na área de recursos hídricos que estão preocupados e buscam o pensamento e a articulação regional, pois nós somos interdependentes e a água deve ser utilizada de maneira solidária”, salientou o diretor do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (MG), Dr. Claudio Di Mauro durante palestra sobre a importância dos recursos hídricos para as atividades de desenvolvimento industrial ministrada na noite dessa segunda-feira (2), no auditório da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC).

O encontro, promovido pelos Comitês de Gerenciamento das Bacias dos Rios Urussanga, Tubarão e Araranguá em parceria com a ACIC e UNESC, buscou sensibilizar o setor empresarial sobre a importância da participação ativa nos processos de gestão pública da água. O evento contou com a participação de empresários, usuários de água, gestores públicos, representantes de Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas e da Diretoria de Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina e interessados. “Este encontro mostra que precisamos estar atentos aos problemas que futuramente poderemos enfrentar em relação a água”, comentou o vice-presidente da ACIC, Donato Zanatta.

Segundo o palestrante Dr. Claudio Di Mauro, o Brasil possui 13% da água potável do mundo. No evento, Di Mauro traçou desafios para o futuro. “A água possui limite de uso. E as coisas estão acontecendo sem que nós tenhamos o controle sobre elas. Como exemplos de desafios posso citar a capacidade de articulação entre nós e a instrumentalização das questões técnicas que serão trabalhadas. Temos que pensar a médio e longo prazo e nossas cidades devem ser redesenhadas. A questão da outorga não pode ser vista como imposto”, ressaltou.

Para o presidente do Comitê do Rio Urussanga, José Carlos Virtuoso, o setor empresarial é usuário e grande dependente da água para suas atividades. “Eles podem colaborar com os Comitês fornecendo informações cadastrais de uso da água. Compreender o processo é fundamental para a sustentabilidade futura, pois sem a disponibilidade da água não existe economia”, ressaltou o presidente do Comitê do Rio Urussanga, José Carlos Virtuoso. Durante o encontro foi apresentado o andamento da elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, as etapas de elaboração e a necessidade da participação e acompanhamento de todos os setores. 

Colaboração: Eliana Maccari