Segurança

Enfermeiras são condenadas pela morte de menino de 3 anos

Foto: Arquivo pessoal/Notisul

Foto: Arquivo pessoal/Notisul

A enfermeira e a técnica de enfermagem, acusadas da morte do menino Pedro Henrique Pereira Ayala, foram condenadas nesta semana, em Tubarão. Em novembro deste ano completará cinco anos em que a criança recebeu uma injeção com substância trocada.

As duas mulheres foram condenadas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, um erro que levou à morte do menino, em 2010. A sentença foi proferida pelo juiz da 1ª Vara Criminal do município, Elleston Canali.

Ambas cumprirão a sentença inicialmente em regime aberto, da pena privativa de liberdade de um ano, nove meses e dez dias de detenção, sendo substituída por prestação de serviço à comunidade e pagamento em dinheiro a seus dependentes ou a entidades públicas ou privadas com destinação social. A quantidade fixada pelo jurista é não inferior a um e nem superior a 360 salários mínimos e permite às condenadas recorrerem da sentença em liberdade.

“Cinco anos da morte do meu filho, enfim a sentença. A penalidade, vejo que foi leve, até mesmo pela certeza que as condenadas não tinham a intenção de trocar a medicação que levou à morte do Pepê. Quanto ao hospital, sempre tive a certeza que não seria responsabilizado”, desabafa Christian Ayala.

O pai de Pedro Henrique alerta aos profissionais da saúde que defendam seus direitos salariais e melhores condições de trabalho. As cargas excessivas de horas de trabalho são um exemplo. “Não é nada fácil cobrar justiça depois da perda de um filho. Esteja sempre atento ao procurar atendimento público ou privado”, orienta Christian.

A morte do menino

No dia 10 de novembro de 2010, Pedro Henrique foi diagnosticado pelos médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) com um quadro de gastrenterite, com dores abdominais e vômito. Após ser medicado e permanecer algumas horas em observação na unidade, foi prescrita uma injeção antes de receber alta médica. Nos braços da mãe, o menino recebeu o medicamento e sofreu uma parada cardíaca que o levou a perda dos sinais vitais. A suspeita da morte do menino é a troca do líquido indicado por cloreto de potássio, substância letal.

Com informações do Jornal Notisul