Foto: Susane Meireles
Praças, canteiros, rótulas e trevos costumam chamar a atenção quando estão bonitos. Uma jardinagem em dia deixa o espaço muito mais agradável e torna a cidade muito mais aconchegante. O Programa de Adoção de Logradouros Públicos da FAMCRI foi criado no intuito de ceder espaços públicos para receber os cuidados da sociedade civil organizada – empresas, associações e entidades ou ainda da população.
O programa contribui com a urbanização municipal. O Governo de Criciúma e a iniciativa privada compartilham os cuidados e a manutenção de espaços públicos. Estando bem cuidados, os locais adotados se tornam mais atraentes para a comunidade o que incentiva o uso desses locais pela mesma, para que pratiquem atividades esportivas ou de lazer e tenham, consequentemente, mais qualidade de vida.
Segundo a coordenadora do programa, Caroline Staink, podem adotar um logradouro qualquer entidade civil: associações, empresas, amigos de bairro ou pessoas físicas legalmente constituídas e cadastradas no município de Criciúma. “Dos espaços públicos existentes na cidade, 57 já estão adotados. Quando surge o interesse privado na adoção de um logradouro, nós verificamos a papelada e assinamos um Termo de Permissão de Uso que oficializa o ato”, enfatiza Caroline. No termo assinado constam todos os itens com as melhorias que devem ser realizadas no espaço adotado, o plantio e o corte periódico da grama, o controle de pragas e ervas daninhas, ajardinamento, limpeza, entre outros cuidados. “Também é permitido o uso de placas, dentro de um padrão estabelecido, para fins publicitários”, enaltece Caroline.
A Praça Walter de Bona Castelan,no bairro Santa Bárbara, o canteiro na esquina da rua Domênico Sonego com a rua Henrique Lage e as rótulas de entrada e saída da Unesc, são alguns exemplos de espaços adotados, que estão bem cuidados. A pró-reitora de administração e finanças da universidade, Kátia Sorato, comenta a preocupação com o espaço do campus da instituição. “Todos são responsáveis pela cidade em que vivem e a possibilidade de pessoas e organizações colaborarem com o cuidado e embelezamento de diferentes espaços é uma maneira de contribuir para que todos tenham uma cidade ainda mais bonita”, afirmou Kátia.
Contribuir com soluções para o desenvolvimento da cidade e o embelezamento do entorno da sede da empresa, foi o que motivou a Construtora Fontana e participar desse programa adotando uma praça e uma rótula da cidade. “Se cada um contribuir um pouco, vamos construir uma cidade mais responsável, preocupada com os moradores, seus bens públicos e com a qualidade de vida das pessoas”, declarou Olvacir José Bez Fontana, presidente da construtora.
Se essa rua fosse minha
Algumas pessoas que transitam por Criciúma, observam os pequenos detalhes de locais públicos, às vezes bem pequenos, e percebem que precisam de cuidados. É o caso do advogado criciumense Izo Cadorin. “Eu sempre passava pela rua Domênico Sonego e observava que na esquina com a rua Henrique Lage tem um canteiro que precisava de atenção. Quando soube da possibilidade de contribuir, não pensei duas vezes. Acredito que é uma atitude de cidadania e responsabilidade social”, revelou Cadorin. O pequeno espaço antes passava despercebido aos olhos da população, agora o canteiro chama atenção pelos minuciosos cuidados que recebe.
O programa é divulgado nas empresas para que mais pessoas e instituições possam contribuir com os cuidados da cidade. Uma Criciúma mais bonita é o que todos querem. E nessa hora, pequenos cuidados podem fazer a diferença no conjunto. A prova de que esse projeto tem dado certo é de que sete novos logradouros foram adotados já nesse ano de 2015. O Governo Municipal, através da FAMCRI, busca fazer essas parcerias com a iniciativa privada para contribuir com a qualidade de vida da população, construindo uma cidade mais bonita.
É importante frisar que a FAMCRI realiza fiscalização mensal nos logradouros através de relatório fotográfico. Quando a manutenção dos espaços está de acordo com o termo assinado, elogios são emitidos para a empresa ou pessoa que “apadrinhou” o espaço público. Bem como quando acontece o contrário, o termo pode ser rescindido.
Colaboração: Susane Meireles