Foto: Guilherme Bortolotto/Divulgação/Notisul
Com o objetivo de verificar a ocorrência das baleias e a incidência de animais presos em redes na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, uma saída embarcada foi realizada ao longo da extensão centro-norte da unidade de conservação. Os especialistas do curso de engenharia de pesca da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc) e do Projeto Baleia Franca/Brasil (PBF) registraram a presença dos animais por meio de fotografia e coletaram amostras de borrifo para a avaliação de saúde.
Conforme reportagem do jornal Notisul, foram registrados 11 pares de mãe e filhote, em um total de 22 baleias entre Imbituba e Garopaba. A maior concentração estava na enseada da praia da Ribanceira, em Imbituba. A saída foi realizada com o apoio da Polícia Militar Ambiental de Laguna. Nenhum sinal de animais presos em redes e interações humanas foram registrados.
As baleias franca migram anualmente entre áreas de alimentação e reprodução. De julho a novembro, a espécie vem para o estado para acasalar e procriar. O pico de ocorrências é em setembro. A principal área onde aparece a espécie é na APA da Baleia Franca/ICMBio no litoral centro-sul. Porém, a presença em outras regiões de Santa Catarina pode ocorrer. É cada vez mais frequente em função do crescimento e recuperação populacional da espécie no Brasil. No ano passado, 123 baleias franca foram registradas pelo Projeto Baleia Franca durante o sobrevoo realizado em setembro.
Legislação e observação embarcada
As baleias francas são uma espécie ameaçada de extinção e protegida pela Lei Federal 7643/1987. A Portaria Ibama 117/1996 determina normas de aproximação e cuidados para evitar o molestamento.
Na APA da Baleia Franca, desde o ano passado, a atividade de turismo embarcado para a observação de baleias está suspensa, temporariamente, por liminar judicial.