Foto:Governo do Estado de Santa Catarina/Notisul
Santa Catarina aguarda a confirmação da Argentina, que mostrou interesse em comprar suínos vivos. Técnicos do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária (Senasa) do país vizinho estiveram no estado na última semana para fazer uma auditoria no sistema de controle sanitário, realizado pelo Ministério da Agricultura e pela Companhia Integrada para Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
A médica veterinária Sabrina Tavares, responsável pelo Programa de Sanidade Suídea da Cidasc, conta que os técnicos pediram inúmeras informações sobre o controle sanitário e, aparentemente, ficaram satisfeitos com a pesquisa. “Na visita, os argentinos não expressaram nenhum contraponto sobre o trabalho realizado no estado. Informações mesmo deverão ser emitidas com a entrega do relatório ao Ministério da Agricultura”, explica.
Segundo o jornal Notisul, o foco da compra de suínos é mais especificamente para reprodução, pela qualidade genética. “Há interesse porque as granjas catarinenses são as únicas com certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Somente o Chile e a Patagônia, na Argentina, têm as mesmas especificações”, explica Sabrina.
O relatório deverá ser entregue em até 40 dias. Para o suinocultor Daniel Michels, representante da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) em Braço de Norte, avalia que, se houver esta abertura para o comércio de suínos vivos, a região poderá voltar a reproduzir animais geneticamente. “Os produtores da região alegam que o custo-benefício, no momento, não compensa o trabalho, situação que poderá mudar se houver maiores demandas com a abertura para o comércio exterior”, analisa Daniel.
