Segurança

Ex-servidor do Imetro é acusado de crime de extorsão

Os acusados já foram afastados e exonerados pelo presidente da empresa

Um ex-servidor da regional do Instituto de Metrologia (Imetro) de Tubarão foi denunciado pela Polícia Civil pelo crime de extorsão junto com outros três funcionários do órgão. A investigação foi denunciada pelo programa Estúdio Santa Catarina na noite de domingo. Os acusados já foram afastados e exonerados pelo presidente da empresa.

Nestor Luiz Silveira, então coordenador regional do Imetro em Joinville; Luís Fernando Salvi, coordenador regional do órgão em Tubarão; Robson David, assessor da presidência do Inmetro; e Adeodato Matos de Oliveira, diretor de metrologia legal, acabaram indiciados depois que o dono de uma empresa que faz manutenção de equipamentos hospitalares denunciou a extorsão.

Segundo o empresário, que preferiu não divulgar a identidade, tudo começou quando Luís Fernando Salvi e Robson David foram até o seu estabelecimento e anunciaram uma fiscalização. Eles disseram constatar diversas irregularidades que poderiam gerar uma multa de até R$ 150 mil. Após alguns contatos telefônicos e uma reunião informal que teria acontecido em uma churrascaria na cidade de São José, na Grande Florianópolis, o empresário finalmente recebeu a proposta da extorsão: R$ 20 mil, dinheiro que seria trocado por credenciais de permissionários para o funcionamento da empresa.

A Polícia Civil prendeu Robson David em flagrante quando ele estava para receber o dinheiro da extorsão. Ele chegou a ficar 30 dias preso, mas está respondendo ao inquérito em liberdade, assim como os outros três suspeitos. Procurando pela equipe de reportagem que denunciou o episódio, o presidente do Inmetro em Santa Catarina, Luís Carlos Silva, preferiu não gravar entrevista, mas em uma nota oficial informou que o caso é isolado e que todos os servidores envolvidos foram afastados e exonerados.

O advogado Gastão Filho, que defende três dos quatro acusados no inquérito, disse que a suposta vítima recebeu as orientações padrão e que algumas acusações ainda não foram comprovadas, como a reunião em uma churrascaria em São José e a gravação telefônica onde é tratada a quantia e forma de pagamento exigida pelos acusados.

Colaboração: Diário do Sul