Segurança

Ex-vereador de Treviso condenado por crime sexual se entrega à polícia

Eduardo Daro Ernesto Pereira, de 64 anos, o Latinha foi condenado a 17 anos pelos crimes de atentando violento ao pudor e crime continuado

Foto: Divulgação UOL - Políticos do Brasil

Foto: Divulgação UOL – Políticos do Brasil

Entregou-se à Polícia Civil de Criciúma na manhã desta quinta-feira o ex-vereador de Treviso, Eduardo Daro Ernesto Pereira, de 64 anos, condenado a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de atentando violento ao pudor e crime continuado. A primeira condenação ocorreu na Primeira Vara Criminal de Criciúma, sendo que ele teve o direito de recorrer em liberdade, pois respondeu ao processo solto, mas recorreu da decisão e teve a pena confirmada pelo Tribunal de Justiça (SC).

Com mandado de sentença condenatória e na condição de foragido, Latinha esteve na Central de Plantão Policial – CPP acompanhado do advogado e disse que se entregou “com medo de que o matassem”. Assim que chegou ao Presídio Santa Augusta, o condenado imediatamente solicitou a cela do “seguro”, nome dado ao espaço no cárcere destinado a presos rejeitados pela massa carcerária, como estupradores, por exemplo.

Os crimes, conforme a denúncia do Ministério Público, ocorreram entre 2008 e 2009, quando o acusado residiu como pensionista em uma casa em Treviso, com o proprietário e familiares, e abusou de duas meninas, uma de 11 anos e outra de cinco anos. Os abusos, ainda conforme a denúncia, eram cometidos mediante ameaça de morte e violência, e ocorriam não somente na residência, como também dentro do carro dele, quando levava as meninas pra escola. O caso foi descoberto após denúncias e confirmado em depoimento pelas crianças.

Conhecido em rede nacional

O ex-vereador ficou conhecido em rede nacional, no programa dominical Fantástico, ao aparecer correndo dos jornalistas no pátio do Ciretran aqui em Criciúma, ao ser flagrado em um esquema envolvendo ilegalidade na aquisição de Carteira Nacional de Habilitação – CNH em 2010, já que na época tinha uma Auto Escola em Siderópolis.

Na época dos crimes, conforme informações da Rádio Eldorado, a prática sexual contra menores sem penetração era caracterizada como atentado violento ao pudor. Há cinco anos, houve uma mudança na lei, e atualmente qualquer abuso sexual contra menor é considerado estupro.